Cunha ainda prometeu atuar para que se tenha um Parlamento independente, altivo e que respeite os interesses da população brasileira. Ele criticou a submissão do Congresso em certas votações e afirmou que buscará sempre a independência da Casa, dialogando com todos os poderes sem abrir mão das pautas que considera importantes.
Além de Cunha, a abertura da nova legislatura elegeu a composição da nova Mesa Diretora da Câmara, aquela responsável por dirigir as ações da Casa ao lado do presidente.
Farão parte dela Valdir Maranhão (PP-MA) (1º vice-presidente), Giacobo (PP-PR) (2º vice-presidente), Beto Mansur (PRB-SP) (1º secretário), Felipe Bornier (PSD-RJ) (2º secretário), Mara Gabrilli (PSDB-SP) (3º secretário) e Alex Canziani (PTB-PR) (4º secretário). Os quatro suplentes, que substituem os titulares em caso de necessidade, são os deputados Mandetta (DEM-MS), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Luiza Erundina (PSB-SP) e Ricardo Izar (PSD-SP).
Governo enfraquecido
A vitória acachapante de Cunha é um baque ao Palácio do Planalto, que – em um ano que se inicia com crise econômica e denúncias cada vez mais profundas de corrupção na Petrobras – se mobilizou para emplacar o nome de um candidato próprio, Chinaglia, para chegar à presidência da Casa e facilitar sua governabilidade.
Apesar das expectativas de Cunha e seus aliados de receber mais de 300 votos, o que levou à derrota do governo foi o baixíssimo número de votos recebidos por Chinaglia. A campanha do petista contava ter ao menos 180 votos.
Para se levar o cargo em primeiro turno, é necessário ter a maioria simples de votos. Do total 513 deputados, os adversários de Cunha conseguiram atrair 244 – 23 a menos do que o peemedebista. Se Chinaglia tivesse obtido os mais de 40 votos com os quais sua equipe contava antes da divulgação do resultado, dificilmente a disputa seria encerrada sem um segundo turno.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621