Por Carlos Augusto
Parar outros afazeres para assistirmos ao horário eleitoral gratuito de Alagoas é no mínimo entediante e cansativo. A pobreza de argumentos e a troca de farpas, notadamente entre os principais candidatos ao Governo e ao Senado, tem sido uma marca inconfundível dentro desse processo na busca por uma maior evidência junto ao eleitorado, que já conhece esse procedimento “rasteiro” desde que o mundo é mundo politicamente, mas que não deixa de se render à sempre duvidosa argumentação de um ou de outro. Vale ainda salientar que até o discurso dos que se apresentam no rádio ou na “telinha” de forma mais suave não deixa de se caracterizar como provocação.
Uns atacam de forma mais enfática e até apresentam possíveis provas contundentes, outros posam de bons moços, alegando que o importante é apresentarem seus projetos de governo e, no caso dos concorrentes ao Senado, suas propostas de carrearem recursos para Alagoas. Tudo balela! Alguém já ouviu falar em político, salvo raríssimas exceções – pois ainda se salvam alguns pouquíssimos - que se preocupa com os mais graves problemas da população? Quem pode citar algum exemplo deles que cumpra à risca tudo o que promete em seus palanques eletrônicos? O que decepciona ainda mais é a forma genérica com que os senhores candidatos apresentam suas propostas, sem real conhecimento de causa, falando em números (quando citam) desatualizados e muitas vezes até fictícios; não se aprofundam no que apresentam e que defendem.
Apenas discursos vazios: “mais recursos para a Educação”, “novos investimentos na área da Segurança Pública”, “melhorias no setor da Saúde”, e por aí vão desfilando seus engodos e mentiras já comprovadas a cada mandato exercido. Eles fingem que trabalham e o povo finge que acredita. A única diferença é que os eleitores, no fim das contas, se deixam enganar e se dão mal; enquanto os eleitos se locupletam, enriquecem, não trabalham e se dão muito bem.
As eleições estão mais uma vez batendo à porta. Que ninguém se engane sobre o que será mais uma “corrida do ouro”. Observe-se, por exemplo, o número de candidatos a deputado federal e estadual. É impressionante a quantidade dos que já tiveram oportunidade de comprovar a sua incompetência e desonestidade, além da quantidade enorme de postulantes que nem sabem qual o verdadeiro significado do termo Ciência política: um verdadeiro “balaio de gato”.
O Horário Eleitoral Gratuito, portanto, nada mais é como que uma vitrine que há muito tempo não se lava.
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