Em acordo de delação premiada, o empresário fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, teria revelado pagamentos ilícitos ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e aos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e José Serra (PSDB-SP).
Segundo a reportagem, a delação também envolve o ex-ministro da Fazenda durante o governo Lula, Antonio Palocci, e o do Planejamento na gestão Temer, Romero Jucá. As informações são da Crusoé.
O acordo ainda está pendente de homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O relator designado é o ministro Luís Roberto Barroso.
Serpieri foi preso em operação da Polícia Federal em 21 de julho. Ele é suspeito de integrar suposto esquema de caixa 2 na campanha de Serra para o Senado Federal em 2014. Na ocasião, o advogado do empresário defendeu que a prisão é “injustificável” e que ele não teria envolvimento com o caso.
“Os colaboradores mencionados no Inquérito não acusam Seripieri de ter feito doações não contabilizadas. Relatam que ele fez um mero pedido de doação em favor de José Serra e que a decisão de fazer a doação, assim como a forma eleita, foi de um dos colaboradores”, apontou o advogado de Seripieri, Celso Vilardi.
“Portanto, não há qualquer razão ou fato, ainda que se considere a delação como prova (o que os Tribunais já rechaçaram inúmeras vezes), que justifique medidas tão graves”, alegou o defensor.
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