Luan Moraes/JSBJovens de Palmeira se organizam politicamente sob a alcunha da JSB Todo SegundoPor Luan MoraresNos últimos meses, um grupo de jovens de Palmeira dos Índios, vêm se reunindo com o objetivo de dialogar sobre os problemas de nosso município. A atuação da Juventude Socialista Brasileira (JSB) está teoricamente vinculada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que é a legenda pela qual Júlio Cezar se elegeu prefeito no ano passado.
Exercendo as prerrogativas da democracia na qual vivemos, a JSB encabeça o debate acerca da contribuição dos jovens no governo municipal. A iniciativa é nova por essas paragens e simboliza uma tentativa de fuga do estado de exceção (algo melhor definido pelo filosofo Giorgio Agambem) no qual se encontra o País, onde a Constituição tem sido desrespeitada e a democracia vive o auge, sendo bordão comum no bico das aves de rapina.
O que a JSB busca é a oportunidade de atuar junto ao executivo municipal, oferecendo-se como canal de comunicação com a juventude palmeirense para com eles debater o melhor caminho para a resolução dos problemas que mais nos assolam; como o mal das drogas e a evasão escolar e o desemprego que os torna improdutivos. E se a juventude está ociosa, significa que Palmeira tornou-se monótona. Os jovens precisam viver e aproveitar as oportunidades como bem explicou Zigmut Bauman:
A experiência alheia não pode ser verdadeiramente aprendida como tal; não é possível distinguir, no produto final da descoberta do objeto entre o [...] original e a contribuição criativa trazida pela capacidade de imaginação do sujeito. A experiência dos outros só pode ser conhecida como a história manipulada e interpretada daquilo por que eles passaram. [...] Não há como aprender a “fazer certo na próxima oportunidade” com um evento que jamais voltaremos a vivenciar. (BAUMAN, 2004, p.10)
Precisamos estar lá e atuar de perto. Não há como criar políticas para a juventude sem que ela participe. Enfim, um governo não se faz apenas com argumentos, mas com pessoas. A JSB deseja ser um referencial no debate democrático atual de Palmeira dos Índios e está aqui para mostrar que, mesmo estando teoricamente ligada a um partido político, tem autonomia para promover ações que objetivam melhorar a interação da juventude Palmeirense. O que poderia ser melhor se tivessem espaço garantido junto ao executivo local.
ReferênciasAGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.