Da Assessoria
O candidato do PSDB ao governo de Alagoas, Júlio Cezar, participou na manhã desta segunda-feira, 15, da série de entrevistas promovidas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal). Ao ser questionado sobre os desafios em segurança pública que o próximo governador deverá estar atento, o tucano voltou a defender maior apoio as ações do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da 17ª Vara Criminal.
“É preciso ampliar as ações do Gecoc e da 17ª Vara para desmantelar o tráfico e o crime organizado. O crime de mando, por exemplo, recuou muito, devido ao combate do atual governo, mas já está dando sinais de que continua vivo. E essa é uma prática que não pode voltar, porque a sociedade não aceita mais isso”, dispara.
Para Júlio Cezar, o combate a violência passa também pelo esforço de levar o Estado onde ele ainda não chega, além de garantir a oferta de uma educação de qualidade para corrigir desequilíbrios históricos e gerar igualdade de oportunidades. Para tanto, ele afirma, que é preciso exigir do governo federal maior financiamento de ações de combate à criminalidade e prevenção da violência.
“A União precisa aportar mais recursos para segurança, saúde e educação. Porque não adianta lançar políticas para os municípios como se fosse um presente de grego. Como hoje é a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para cada prefeito que recebe a unidade. Porque a maior parte do recurso é sempre do município que já está ali pela hora da morte”, avalia.
EDUCAÇÃO
Questionado sobre sua proposta, pioneira nesta eleição, de erradicar o analfabetismo em Alagoas, o candidato do PSDB apresentou as coordenadas para alcançar o objetivo sem “milagre” ou “mágica”. “Na saúde, nós vencemos o desafio de combater a mortalidade infantil. Nós viramos essa página. Já na educação, temos uma dívida social e podemos resolver com ajuda de toda a sociedade. O governador nada mais é que um fomentador, um motor deste processo, garantindo as condições”, disse.
Sentenciando que a vitória sobre o analfabetismo “será o maior resultado deste governo. A maior vitória de Alagoas depois da queda da mortalidade infantil”.
Em um segundo momento, Júlio Cezar defendeu a interiorização do ensino superior, propondo levar a Uneal para as regiões em que a instituição ainda não chegou e a Uncisal para Palmeira dos Índios e Maragogi. “Vou brigar para que o filho do pobre tenha a oportunidade de virar doutor também. Eu não estudei em Harvard, estudei na faculdade de Alagoas. Sou parte desse sistema”.
ESTALEIRO
Questionado sobre a morosidade que envolveu o processo de liberação da construção do Estaleiro Enor, em Coruripe, em detrimento da agilidade com que o processo caminhou em outros estados como Pernambuco e Bahia - esse último aprovou seu estaleiro em tempo recorde, dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) -, o tucano lamentou a discriminação do governo federal com Alagoas.
“Sinto muito também pela pouca disposição e apoio da nossa bancada federal com esse projeto que é fundamental para tirar essa dependência do setor sucroenergético. O tratamento dado a Alagoas é condenável. Um tratamento de retaliação por não termos um governador da base de sustentação do Planalto. Mas, antes tarde do que nunca! Serão 30 mil empregos diretos e indiretos que vai mudar aquela região”, concluiu.
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