A primeira semana de outubro se foi e as peças do jogo de xadrez eleitoral já estão se movimentando para a disputa majoritária de 2026. Atento aos prazos e às possibilidades do jogo político, o ex-prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, hoje, secretário de Estado de Relações Federativas e Internacionais do governo Paulo Dantas, confirmou que deixará seu cargo até 6 de abril, do próximo ano, último dia permitido para a chamada desincompatibilização.
Durante entrevista ao radialista Ângelo Farias, Júlio Cezar ressaltou que está aberto ao diálogo sobre seu futuro político.“Eu gostaria muito de representar o meu estado e minha cidade na Assembleia Legislativa de Alagoas. Hoje, estou filiado ao MDB. Se o partido tiver outra missão, a gente vai conversar com o partido. Sou um soldado, um soldado do partido”, afirmou Júlio.
Em 2014, ele enfrentou uma candidatura ao governo de Alagoas, tendo como principal adversário Renan Filho (MDB), atual ministro dos Transportes do governo Lula, quando ainda era vereador em Palmeira dos Índios, pelo PSDB,do Teo Vilela, ex-governador de Alagoas. Na época, obteve mas de 100 mil votos, o que o credenciou para disputar a prefeitura de Palmeira dos Índios, pelo PSB, seu partido em 2016, com 60,10% dos votos.
Em 2020, já no MDB, e com apoio do senador Renan Calheiros, Júlio Cezar foi reeleito prefeito do município, único autodeclarado preto entre os prefeitos eleitos dos101 municípios alagoanos naquele ano.
Nas eleições de 2024, Júlio Cezar escreveu mais um capítulo em sua trajetória política, ainda prefeito de Palmeira dos índios. Elegeu Luísa Júlia Duarte , a Tia Júlia (MDB),que teve 57,43% dos votos válidos, tornando-se o primeiro prefeito a eleger um sucessor nos 135 anos de história política do município.
Até receber o convite do governador Paulo Dantas (MDB) para comandar a Serfi, em abril deste ano, tendo como missão atrair investimentos, promover o desenvolvimento socioeconômico e fortalecer a imagem do estado, Júlio Cezar atuou como secretário de Governo de tia Júlia.
“Não tem candidatura por nomeação, nem por aclamação. O povo é que vai escolher. Se tiver de ser, e se Deus escreveu que vai ser, vai ser. Em 2026, onde eu estiver, vou procurar mostrar meu trabalho e mostrar novamente a Alagoas que o menino preto, que saiu da banca de uma feira livre, mãe feitante, pai analfabeto, cortador de cana, continua seguindo sua trajetória , afirmou Júlio Cezar. que é jornalista e radialista, nascido em Caruaru (PE) e alagoano, por adoção.
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