Criticada por aliados do governador de Alagoas, Paulo Dantas, a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta quinta-feira (13), ter agido com motivações políticas ao determinar o afastamento do emedebista, a menos de 20 dias do segundo turno.
“A desinformação é a principal arma daqueles que se valem de discursos vazios de conteúdo, sem nenhum compromisso com a verdade, para levantar dúvidas, realizar ataques baseados em mentiras deslavadas, usando a mídia para propagar sua própria versão dos fatos e manipular a opinião pública, comportamento sórdido e inaceitável”, disse.
"Nunca, em absolutamente nenhuma manifestação ou decisão que subscrevi foi motivada por razões políticas. Não ingressei no Superior Tribunal de Justiça para pautar minha atuação jurisdicional em fundamentos de ordem política", afirmou a ministra.
Sem citar nomes, a declaração proferida no início da sessão da Corte Especial, convocada para o referendo da liminar da ministra, foi um recado ao senador Renan Calheiros (MDB-AL). Calheiros fala em perseguição política para desestabilizar a campanha de Paulo Dantas, que disputa o segundo turno com Rodrigo Cunha (União), do grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
"A perseguição ao Paulo Dantas remonta a 2017. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso", postou o senador Renan Calheiros, em seu perfil na rede social na terça-feira (11), horas após a decisão do STJ de afastar Dantas.
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