Com as eleições de 2024, marcada para 6 de outubro, as articulações políticas para definir candidatos nas 102 prefeituras de Alagoas já estão intensas.
Nos bastidores, há muita negociação em troca de apoio político e suspense por parte de alguns partidos. Mais uma vez, a disputa deve ser polarizada entre as siglas com os comandos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) e o senador Renan Calheiros (MDB).
A situação da Braskem em Maceió aumentou a tensão entre os dois grupos políticos de Alagoas. A prefeitura de Maceió é comandada por João Henrique Caldas (PL), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Já o governador do estado, Paulo Dantas (MDB), é ligado ao senador Renan Calheiros (MDB) e ao ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).
Rivais políticos, eles têm protagonizado embates que respingaram, inclusive, no andamento de projetos do governo no Congresso, a exemplo da briga pela primazia entre as Casas sobre o funcionamento das comissões mistas para votação de medidas provisórias.
Com as candidaturas encaminhadas, PP e MDB buscam apoios de outros partidos para formar coligações e ganhar corpo. A maioria não esconde que o principal foco da eleição em 2024 é comandar os maiores colégios eleitorais de Alagoas, com destaque para Maceió e Arapiraca.
E para isso é preciso apoio. O entendimento é de que a conquista das maiores cidades gera ganho político para 2026, quando serão eleitos presidente, governadores, deputados federais e estaduais e senadores. Assim, o pleito deste ano em Alagoas é visto como estratégico pelos partidos para, na sequência, alçar voos mais altos na política.
A tendência é que, com as coligações, se tenha menor número de candidaturas, reforçando o viés ideológico das chapas, que podem ter combinações diferentes dependendo da cidade.
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