18/07/2017 20:48:35
Política
Maior greve na educação da história de Arapiraca será decidida no TJ
Impasse entre Sinteal e Prefeitura continua e a greve já dura mais de 60 dias
DivulgaçãoMaior greve na educação da história de Arapiraca será decidida no TJ
Todo SegundoPor Roberto Gonçalves

Em assembleia geral, realizada na tarde desta terça-feira (18), na Escola Hugo Lima, os trabalhadores da Educação de Arapiraca decidiram pela continuidade da greve, que já dura mais de 60 dias. A decisão final sobre a greve a maior da história de Arapiraca será tomada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas TJ_AL já que houve tentativa de conciliação na última quinta-feira (13). De acordo com o representante do Sinteal em Arapiraca, André Luiz da Silva, a proposta da prefeitura foi rejeitada por maioria dos trabalhadores. 

A Prefeitura de Arapiraca, através de sua procuradoria, encaminhou ao Tribunal de Justiça de Alagoas, e ao Sinteal - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, o parecer técnico acerca da proposta de reajuste salarial dos profissionais da Educação. O órgão municipal reafirma o reajuste que foi proposto anteriormente - de apenas 2,33%, e que seria pago retroativamente ao mês de abril. De acordo com a gestão municipal, o impacto aos cofres públicos será de R$ 1.260.000,00 entre os servidores ativos e aposentados, no mês de setembro.

Além disso, a Prefeitura afirma que se compromete a repassar os 70% dos salários do mês de junho, de forma imediata, assim que os servidores voltarem ao trabalho e for pactuada a reposição das aulas. Os profissionais da Educação já haviam deixado claro que não aceitariam a proposta de 2,33% e pediam o reajuste de 7,64% da verba do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Nota
A Procuradoria Geral do Município de Arapiraca encaminhou nesta segunda-feira (17) ao Tribunal de Justiça de Alagoas e ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) – Regional Arapiraca, resposta da assessoria técnica da Prefeitura Municipal acerca do encaminhamento feito na reunião de conciliação ocorrida entre as partes, na sede do TJ, na última quinta-feira (13).

O Parecer Técnico ratifica o parecer anterior, ou seja, confirma o impacto, pós-análise, sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, quando aplicado o reajuste salarial sugerido. O parecer confirma o que já havia sido explicitado no anterior: o reajuste de 2,33% é o único caminho possível em se tratando do ano de 2017.

O prefeito Rogério Teófilo, porém, amplia a proposta anterior, a saber: no lugar do reajuste vigorar a partir de agora, com pagamento em setembro, o Projeto de Lei a ser enviado à Câmara será retroativo à data-base da categoria, isto é, abril de 2017. Com isso, o impacto será R$ 1.260.000,00 entre os servidores ativos e aposentados, no mês de setembro.

Além disso, a Prefeitura se compromete (como já havia colocado em nota oficial) a repassar os 70% dos salários do mês de junho, de forma imediata, assim que os servidores voltarem ao trabalho e for pactuado a reposição das aulas, com calendário que não prejudique o ano escolar;

Por fim, o prefeito determinou ao presidente da Mesa Permanente de Negociação Salarial, a revisão do percentual definido, no final do ano. Ou seja, apesar de só poder se comprometer com os 2,33%, a Prefeitura pode voltar a discutir com os servidores novos números, já que o diálogo nunca deixou de estar aberto com qualquer categoria. Porém, o novo patamar estará sujeito ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF); melhoria da receita municipal; resultado final do Censo dos Servidores e auditoria da Folha de Pagamento e a melhoria do atual cenário de incertezas que dominam a política, a economia e a sociedade brasileira.

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