Geovan BenjoinoNa AMA e Assembleia Legislativa governador dita as “cartas” Todo SegundoPor Geovan Benjoino
A eleição da diretoria da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas será determinada pelo poder político do governador Renan Filho, cuja capacidade de barganha é imensurável e arrasadora.
O governo do Estado tem o que os prefeitos e deputados querem e precisam: cargos, projetos, programas, obras e privilégios; enquanto a oposição se restringe ao discurso e teorias.
O mundo político contemporâneo não comporta retórica, discurso eleitoreiro e palavras improdutivas. A praticidade e os interesses políticos e pessoais são determinantes na efetivação de qualquer acordo, principalmente na “luta” por cargos que proporcionam ampla visibilidade e permanência no poder.
A diretoria da AMA e da mesa diretora da Assembleia Legislativa, apesar de autônoma na teoria, é constituída na prática pelo poder “devastador” do governo do Estado, que no momento é conduzido pelo jovem Renan Filho, que já adquiriu experiência tanto na prefeitura de Murici como no Congresso Nacional, além de ter nascido num ambiente eminentemente político.
Essa realidade oferece ao governador “ferramentas” para articular, negociar e eleger cargos fora do Palácio dos Palmares, a exemplo da diretora da AMA e da mesa diretora da Assembleia Legislativa, mesmo sabendo que entre prefeitos e deputados existem “velhas raposas” políticas.
Ademais, os interesses políticos se divergem e ao mesmo tempo se convergem. Tanto Renan Filho precisa dos prefeitos e deputados, como estes precisam do governador. A negociação é inevitável, os interesses e a necessidade idem. Assim sempre funcionou o mundo político e, agora, não será diferente.
Repito, o governo Renan Filho necessita dos votos dos deputados para aprovar matéria de seu interesse e do apoio dos prefeitos para governar com tranquilidade. Essa realidade tem um preço, ela não cai do ”céu” graciosamente. Seu custo, negociado com extrema habilidade e engenharia política, é incomensurável; só as partes detém o segredo de seu valor.