14/05/2015 16:36:08
Política
Prefeito James Ribeiro corre o risco de não eleger sucessor
Gestão tucana entra em decadência por falta de diálogo com a população e por ausência do gestor
DivulgaçãoPrefeito James Ribeiro corre o risco de não eleger sucessor
Todo SegundoPor Berg Moraes

A insatisfação da população com o prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro (PSDB), está bastante significativa, ao ponto de o gestor não conseguir eleger representante para a Câmara Municipal, muito menos um sucessor para seu posto, no próximo pleito. A falta de diálogo entre população e servidores com a gestão seria um dos fatores que gerou a decadência da popularidade do tucano.

Em 2006, antes mesmo de ser prefeito, James Ribeiro já enfrentava sérios problemas sobre seu envolvimento na Operação Sanguessuga - esquema de fraudes em licitações na área de saúde. Mas em 2012 foi declarado inocente pela Justiça Federal de Alagoas das acusações feitas pelo Ministério Público Federal.

No início de sua gestão, em 2009, o alcaide foi acusado de ter dado um calote na funerária Santo Antônio e deixado um débito de R$ 900,00. À época, uma nota por via de assessoria rebateu a denúncia do empresário – que apresentou as notas fiscais. O proprietário da funerária faleceu e até hoje não se sabe se a prefeitura pagou ou não o débito.

James Ribeiro entrou para a história do município – talvez até do Estado – por ter sido o único prefeito a ter sido “velado” por trabalhadores da saúde e educação que reivindicavam a reposição de perdas salariais. Um boneco de pano dentro de um caixão simbolizava o enterro da gestão tucana, dentro do prédio sede da prefeitura, no centro da cidade.

Outro fato que poderá estar longe de ser esquecido pela população, também aconteceu na gestão tucana: o fechamento da Unidade de Emergência do Hospital Regional Santa Rita, onde o prefeito foi acusado de não repassar recursos àquela unidade hospitalar.

Essas e outras polêmicas que envolvem o nome de James Ribeiro serão “ressuscitadas” por seus adversários políticos, logo se inicie o período eleitoral.

James Ribeiro, até agora, só tem dois importantes feitos em sua gestão: um oriundo de Emenda Parlamentar e o outro através do Governo Federal. O recapeamento asfáltico beneficiou todo o centro urbano e as casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida realizaram o sonho da casa própria. Mas a verdade é que a população necessita de direitos básicos de um cidadão, como remédio nas prateleiras dos postos de saúde.

Para completar o quadro de insatisfações com o gestor tucano, uma crise interna ganha corpo a cada dia. Até mesmo pessoas da “cozinha” do prefeito estão sendo afastadas da gestão. Assim aconteceu com Adjelma Costa – irmã da secretária de cultura, Cida Costa -, que foi retirada do cargo de diretora-geral da Escola Marinete Neves. Ela era conhecida por ter sido uma das “porta-bandeiras” da campanha de James. Se até Adjelma levou um “chega pra lá”, imagine um cidadão qualquer.

Outros aliados históricos, desde os tempos em que o saudoso Helenildo Ribeiro ensinava seus conhecimentos de bom gestor e político exemplar, “foram tangidos” para fora do ninho tucano, como Zé Cícero da Luciana, Carlinhos de João doceiro, Luiz Ferro (da oficina), Zé Guilherme e a ex-secretária e ex-vereadora Édila Canuto (PSDB).

O fim político de James Ribeiro pode ser comparado ao do ex-governador Teotonio Vilela: isolado, sem aliados e sem força política. No final do mandato até o café é frio.

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