05/03/2015 23:28:09

Política
Renan critica PGR por não tê-lo ouvido antes de entregar lista ao STF
Procurador pediu ao STF abertura de inquéritos para investigar políticos. Segundo JN, presidente do Senado é um dos 45 que são alvos dos pedidos

Todo SegundoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira (5) lamentar não ter sido ouvido pelo Ministério Público antes de o órgão apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de abertura de inquérito para apurar a participação de políticos no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo o Jornal Nacional, Renan Calheiros é um dos cerca de 45 políticos citados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos pedidos enviados ao STF.

A lista de Janot foi entregue na terça (3) ao ministro Teori Zavascki, relator das apurações da Operação Lava Jato no STF. Foram apresentados 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas, dentre as quais autoridades e suspeitos sem foro privilegiado. Entre as suspeitas relatadas, há crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Janot também protocolou sete pedidos de arquivamento.

"Nós não temos absolutamente nenhuma informação com relação à lista. Aliás, não é nem a praxe do Ministério Público. Porque Ministério Público costuma, em toda investigação, em todo questionamento, ouvir as pessoas antes", disse Renan.

"Só lamento que o Ministério Público não tenha ouvido as pessoas, como é praxe, para que as pessoas questionadas possam se defender, apresentar as suas razões. Mas isso tudo é da democracia. Quando há excesso, quando há pessoas citadas injustamente, a democracia depois corrige tudo isso", completou o peemedebista.

Ao negar ter conhecimento do conteúdo da lista, o presidente do Senado disse que isso não significa dizer que não está "preparado para responder os questionamentos".

"Nós não sabemos de nada, mas isso não significa dizer que nós não estamos preparados para responder os questionamentos. Vamos responder todos à luz do dia", destacou o presidente do Senado.

Do G1