Eleito governador de Alagoas com 52,16% dos votos, Renan Filho (PMDB) fez um pronunciamento à imprensa, na manhã desta segunda-feira (6). O peemedebista adiantou que já viaja hoje a Brasília, onde tem um encontro com a presidente Dilma (PT) e promete negociar o indexador da dívida pública estadual com a União.
Na ocasião, Renan Filho agradeceu ao povo alagoano pelo resultado expressivo nas urnas e disse que se sente preparado para fazer "a mudança que Alagoas precisa", fazendo com que o estado cresça tanto quanto o Nordeste. Ele disse ainda que “não vai causar decepção”, pois construirá um governo com os melhores quadros técnicos que Alagoas possui, além de trazer recursos e realizar investimentos.
“Fui eleito para fazer a mudança que nosso estado precisa. Vimos a esperança crescer. Foi uma campanha limpa e baseada na Educação, com várias propostas, pois, com isso, melhoramos a Segurança Pública e a Saúde. Passei três meses andando pelo estado e pedi uma chance ao povo. Ele me concedeu isso. Portanto, faremos um governo técnico e usaremos a bancada federal para trazer recursos para Alagoas”, frisou Renan.
Em seu discurso, Renan Filho garantiu ter se preparado, em todos os momentos de sua vida para o enfrentamento dos desafios. Segundo pontuou, Alagoas tem o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), enfrenta dificuldades na Saúde e investe, apenas, R$ 0,55 diariamente, por habitante, quando, no restante do País, a média é de R$ 3,00. O futuro governador também citou a criminalidade, que coloca Alagoas no ranking nacional da violência, com o maior número de homicídios.
Renan Filho aproveitou a oportunidade para reafirmar o compromisso com o estado. “Governarei para todos, não apenas para os que votaram em mim” afirmaou.
Mesmo faltando quase três meses para a posse, o candidato eleito informou que irá, ainda hoje, à capital federal, para tratar da dívida pública de Alagoas, que gira em torno de R$ 50 milhões por mês. Ele vai se reunir em audiência com a presidente Dilma Rousseff, nesta terça (7), ocasião em que discutirá outros problemas de Alagoas e deve iniciar o planejamento de seu governo.
“Alagoas tem restrições orçamentárias, uma dívida muito grande, paga os maiores juros ao governo federal e tem um déficit de seiscentos milhões na Previdência. Isso tudo gera um comprometimento anual de um bilhão e duzentos mil, o que não nos permite investir. Porém, precisamos abrir o diálogo e rever esses problemas. Não aguentamos mais pagar cinquenta milhões mensalmente. Portanto, vamos procurar um acordo, que será o primeiro passo para os avanços que o povo precisa”, expôs Renan.
Renan Filho citou ter recebido uma ligação do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), colocando-se à disposição para uma transição democrática e recpublicana. “O que está dando certo vai continuar e o que tiver de ruim, depois será adequado. Já Benedito de Lira não ligou, mas espero contar com o seu apoio na bancada federal”, afirmou Renan, que, também, disse aos jornalistas não ter concedido entrevista ontem à noite, devido à demora na apuração dos votos.
Assembleia e Câmara
Ao final da coletiva, Renan Filho falou da importância da renovação na Assembleia Legislativa (ALE), desejando sorte aos deputados estaduais, bem como aos federais, com quem vai procurar trabalhar em parceria. Ele frisou que vai implantar tudo o que foi prometido durante a campanha eleitoral.
Questionado sobre as primeiras ações, Renan disse ter quase três meses para estudar o assunto e, quanto ao secretariado, preferiu ainda não comentar nada a respeito.
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