DivulgaçãoRodrigo Janot provoca comichão em deputados e senadores Todo SegundoPor Geovan BenjoinoExiste no Congresso Nacional um sentimento de revolta por parte de alguns políticos contra o procurador Rodrigo Janot, que solicitou investigação a respeito de deputados federais e senadores envolvidos supostamente na Operação Lava Jato.
O clima de indignação, público e notório, já abalou a relação entre o Senado, Câmara Federal e a presidência Dilma.
Janot Rodrigo, acusado de perseguir deputados e senadores, continua provocando urticária em congressistas do chamado Primeiro Clero, ou seja, aqueles que têm mais prestígio e “poder de fogo” na República Brasileira, a exemplo dos senadores Renan Calheiros (AL), Collor de Mello (AL), Romero Jucá (RR), Edson Lobão (MA), Humberto Costa (PE) e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ).
O senador Collor de Mello protocolou quatro representações contra o procurador geral da República por crimes de responsabilidade.
Se as representações forem acolhidas, podem resultar num processo de destituição de Rodrigo Janot através da votação de dois terços do Senado, que é formado por 81 senadores, ou seja, serão precisos 54 votos.
O senador acusa o Procurador Geral da República de cometer abuso de poder, arbitrariedade, parcialidade e autopromoção. Collor está entre os políticos suspeitos de participação na Operação Lava Jato, de acordo com Rodrigo Janot, que o incluiu num inquérito.
Incomodados, setores do Congresso Nacional, querem criar uma emenda constitucional extinguindo a reeleição de Procurador Geral da República, numa clara demonstração de retaliação a Rodrigo Janot.
O senador Renan Calheiros, que não mantém mais a mesma relação com a presidente da República, e outros congressistas, ameaçam romper com Dilma Rousseff se ela reconduzir Rodrigo Janot na Procuradoria.
Dilma Rousseff disse que vai manter Rodrigo Janot por mais um biênio na Procuradoria Geral da República.
A Operação Lava Jato, que investiga a lavagem de dinheiro público envolvendo a Petrobrás, políticos e grandes empreiteiras do Brasil, foi deflagrada em março de 2014.