O senador Marcos Rogério (DEM/RO) é um dos principais defensores do Governo Federal na CPI da Pandemia no Senado Federal. Em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (18), o parlamentar criticou o trabalho realizado pelo grupo, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB/AL) e disse que a CPI da Covid na Assembleia do Rio Grande do Norte está cumprindo papel que a CPI do Senado se recusou a fazer.
Durante a entrevista, Marcos Rogério criticou o fato de que o relatório de Renan Calheiros supostamente indiciar o presidente da República, filhos de Bolsonaro e até pessoas que não teriam sido ouvidas pela comissão. Para Marcos Rogério, a comissão teve caráter meramente político.
"Lamento que a CPI tenha se prestado a esse papel de fazer o jogo pré-eleitoral. Isso é mais uma peça de marketing eleitoral, e não uma peça fruto de investigação. Essa CPI chega ao fim de maneira melancólica", disse Marcos Rogério.
Na entrevista, o senador criticou o a recusa da CPI de investigar os gastos de recursos federais pelos governadores durante a pandemia. Segundo ele, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está fazendo um papel que o Senado deveria ter feito.
"A CPI se recusou a investigar a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, o que já é alvo de investigação da Polícia, não está cumprindo o papel que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está, que é investigar esse tema", disse o senador.
A CPI da Covid da Assembleia potiguar quebrou os sigilos telefônico, bancário, fiscal e telemático do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas. Ele foi convocado pela CPI potiguar, mas permaneceu em silêncio e foi dispensado na oitiva.
A CPI da ALRN também convocou o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), para falar sobre suposto repasse de R$ 4,2 milhões em respiradores pela empresa Hempcare à Prefeitura local. A empresa foi a mesma que recebeu R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste para a compra de respiradores e não entregou nenhum equipamento aos estados que pagaram pelos respiradores.
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