Cortesia / Já é NotÃciaServidores da educação acampam em frente à Prefeitura de Arapiraca Todo SegundoPor Roberto GonçalvesOs trabalhadores da educação de Arapiraca iniciaram as 06 h da desta segunda-feira (24), mesmo com chuvas um protesto em frente as Centro Admiistrativo no bairro de Santa Edwvirgem. Os portãoes principais de entrada estão fechados a cadeados e todos os serviços estão paralisados. Viaturas do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e da Força Tarefa da Polícia Militar estão no local.
na tentativa de um dialogo com o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) os professores tentam negociar os 7,64% de reajuste salarial exigidos pela categoria. A verba destinada aos professores são do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. O Gestor não tem nenhuma capacidade de dialogo com a categoria tampouco titular da pasta municipal da educação MônicaPessoa.
A Educação de Arapiraca está em greve há 72 dias e mais de 35 mil alunos estão sendo prejudicados e fora das salas de aulana iminência da perca do ano letivo. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) tentou intervir, com uma audiência de conciliação realizada no último dia 13 deste mês, para tentar acordo entre as partes, mas o gestor afirma que não tem condições de oferecer uma percentagem acima dos 2,33%. “Qualquer percentual acima dos 2,33% proposto para ser pago em setembro fere a Lei de Responsabilidade Fiscal”,assegurou o prefeito.
De acordo com o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), unidade Arapiraca, André Luís da Silva, os manifestantes irão ocupar o local até uma posição do prefeito Rogério Teófilo a respeito do reajuste salarial.
“É um desrespeito a gente estar há 72 dias em greve e até hoje o prefeito manter uma posição de 2,33%. Não é só o reajuste anual de 7,64% que estamos cobrando, mas também a convocação da reserva técnica de 2014, o último concurso, além da realização de novo concurso público, questão de merenda escolar – com a descentralização dessa merenda, para que os diretores e Conselho Escolar possam comprar diretamente da escola; e a reestruturação dos prédios da rede que estão em péssimas condições”, ratificou André Luís.
Merenda escolarA qualidade da merenda é outro problema a ser solucionado pela gestão municipal, pois o ano letivo não começou em fevereiro também em decorrência de problemas com a aquisição da alimentação a ser ofertada aos estudantes. De acordo com a professora Fátima, que também é membro do Conselho da Merenda, mesmo antes da greve, a categoria já tinha dificuldade com a entrega da alimentação correta.
“Entregavam um produto e faltava outro. Continua do mesmo jeito, devido às dificuldades que a prefeitura nos explicou sobre a licitação, compra emergencial. Nós batalhamos para que seja entregue uma merenda de qualidade. Quanto a greve, os alunos estão sendo prejudicados, mas não é culpa nossa. Nós estamos tentando negociar desde fevereiro e os alunos não serão prejudicados, porque nós temos que cumprir os 200 dias letivos”, disse.
Resposta da PrefeituraA prefeitura afirma que lamenta a atitude dos grevistas e reafirma que sempre estará com o canal de diálogo aberto; e que a decisão a respeito do movimento está nas mãos do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Sobre o atual destino dos recursos, o órgão municipal afirma que esses são aplicados na manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, como no pagamento da folha de pessoal, manutenção das escolas, merenda, dentre outros. “A receita prevista para 2017 é de R$ 105.180.438,93. Deste total, cerca de 95% está comprometido com a folha de pagamento dos servidores”, informa a Prefeitura de Arapiraca.
Ainda de acordo com a Prefeitura, os recursos do Fundeb só podem ser destinados para o pagamento de servidores públicos que estão na ativa. Como o reajuste de 7,64% deve ser dado também aos servidores aposentados, a verba destinada a eles deve ser de recursos próprios da prefeitura, o que não é viável agora, mediante a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), garante o prefeito. O valor (em reais) varia de acordo com o salário dos servidores.
Os professores afirmam que o quadro de profissionais não atende à demanda, sendo necessário que seja realizado concurso público e não contratação temporária, como a que foi promovida pelo último processo seletivo da Educação. Os membros da Comissão do Aumento Salarial relatam que não queriam que a greve chegasse ao ponto em que está e que, por várias vezes, a comissão esteve com o prefeito para que não houvesse o momento de greve.