Uma sessão extraordinária marcada para quinta-feira (13), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), traz em pauta a decisão sobre o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). O afastamento de Dantas não o impede disputar a reeleição em segundo turno.
Os ministros foram convocados pela presidente da corte, ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura. O plenário poderá corroborar a decisão da relatora Laurita Vaz, que autorizou as medidas cautelares pedidas pelo Ministério Público Federal.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas foi afastado do cargo nesta terça-feira (11), por ordem do STJ no âmbito da Operação Edema da Polícia Federal, que investiga a prática sistemática de desvio de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019.
As medidas cautelares incluem ordem de sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões. Dezenas de imóveis foram objetos de constrição. Ao todo, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em imóveis vinculados aos investigados.
O candidato à reeleição cumpria compromissos em São Paulo e recebeu os policiais federais em um hotel da zona sul da capital paulista. Os agentes apreenderam 14 mil reais em espécie com o governador. Ele foi intimado a prestar depoimento quando retornar para Alagoas.
De acordo com a decisão da ministra Laurita Vaz, do STJ, o governador deve ser afastado do cargo por 180 dias. Ou seja, não poderá retomar o mandato, que acaba em dezembro. O vice-governador, José Wanderley Neto (MDB) deve assumir o Governo.
Segundo Turno
Paulo Dantas foi o candidato ao governo alagoano mais votado no primeiro turno das eleições 2022, recebendo 46,64% dos votos válidos no Estado. Ele deve disputar o segundo turno com Rodrigo Cunha (União), que conquistou 26,79% dos votos válidos.
O governador agora afastado conta com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e havia a expectativa de eles participarem de uma agenda pública em Maceió na próxima quinta-feira, conforme agenda divulgada pela campanha do petista.
O afastamento de Paulo Dantas do cargo de governador de Alagoas, determinado pelo STJ nesta terça-feira (11), não o impede de disputar a reeleição em segundo turno, no dia 30 de outubro. A informação foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
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