Asma: esclareça dúvidas sobre medicamentos que tratam a doença Todo SegundoPOR CAROLINA SERPEJANTESegundo o Ministério da Saúde, a doença mata cerca de 2,5 mil pessoas por ano. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma, estima-se que existam mais de 22 milhões de asmáticos no Brasil. Anualmente, ocorrem cerca de 160 mil internações pela doença no país, sendo a quarta causa de hospitalizações no Brasil. Esse número pode diminuir se a asma for controlada corretamente, não só melhorando o ambiente em que o paciente vive, como ministrando os medicamentos adequados - em sua maioria oferecida gratuitamente pela rede pública de saúde.
Para entender como funcionam os remédios para asma, é preciso ter em mente que o pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável. "É como se os brônquios do paciente fossem mais sensíveis, mais inflamados, e reagissem ao menor sinal de irritação", explica o pneumologista Roberto Rodrigues Junior, do Laboratório Exame, em Brasília. Se pensarmos em uma pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quanto estiver exposta a grandes irritações, como a fumaça de um incêndio.
"Diante desse quadro, o organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o ar contaminado entre nos pulmões", diz o pneumologista Roberto. O mesmo processo acontece com um paciente que tem asma, só que os gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem menos graves, como a poeira. Por isso é importante que ele faça um tratamento adequado e medicamentoso, tanto para controlar uma crise quanto para evitar que elas aconteçam. Quer entender melhor? Veja abaixo o que dizem os nossos especialistas.
Os broncodilatadores ajudam a tratar a asma?Não, os broncodilatadores servem para aliviar uma crise de asma, mas não a previne. Durante uma crise de asma, você tem o fechamento dos brônquios, impedindo a entrada de ar nos pulmões. Os broncodilatadores servem justamente para relaxar essa musculatura dos brônquios, permitindo que o ar entre nos pulmões novamente.
"Essas medicações tem início de ação rápido, gerando um alívio imediato do paciente", explica o pneumologista Roberto Rodrigues Junior, do Laboratório Exame, em Brasília. Há broncodilatadores de curta duração (entre quatro a seis horas de ação) e de longa duração (de 12 a 24 horas de ação), mas nenhum desses é um tratamento preventivo. "É necessário um medicamento que diminua a inflamação dos brônquios, fazendo com ele não se irrite tão facilmente", diz Roberto. "São esses medicamentos que evitam as crises, em vez de aliviá-las quando já aconteceram, que ajudam a tratar efetivamente a asma."
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