A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite se encerra nesta sexta-feira (14), mas a adesão do público em Palmeira dos Índios ainda está abaixo do esperado, assim como na maioria dos municípios brasileiros. A meta da campanha é de alcançar, no mínimo, 95% desse público-alvo.
A hesitação de muitos pais em levar seus filhos para vacinar pode permitir que doenças como a poliomielite e a varíola voltem a aparecer.
Segundo secretária municipal de saúde de Palmeira dos Índios, Alba Fontes, apesar dos chamamentos, muitos pais insistem em não levar seus filhos para se vacinar. “Realizamos o Dia D, fizemos diversos chamamentos, mas as pessoas permanecem resistentes. Pedimos que pais e responsáveis levem suas crianças para tomar a vacina. Não somente a polio, como as demais também”, alertou a titular da pasta Alba Fontes.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença grave que causa a paralisia flácida e, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. A vacinação é fundamental para a redução do risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, uma vez que a doença foi eliminada no país desde 1994, por conta da vacinação. Mas isso não significa que o perigo não exista, porque, em 2023, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).
Por isso, nesses últimos dias de campanha, os pais e responsáveis não podem deixar de levar as crianças de 2 meses a 4 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) ao posto de saúde mais próximo de casa, para garantir a imunização. Para todas as crianças de 1 a 4 anos será feita a vacinação com a gotinha (VOP). Já as crianças menores de um ano terão o cartão de vacina avaliado pela equipe de vacinação e, caso seja necessário, será feita a atualização da vacina de polio inativada (VIP).
Neste ano, o Ministério da Saúde está fazendo o processo de transição para a substituição das duas doses de reforço da vacina VOP de gotinha, para apenas um reforço com vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável. Essa mudança será feita gradualmente, no 2º semestre de 2024, e a partir daí, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com VIP. Por isso, é importante que a caderneta já esteja atualizada.
As vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e eficazes na proteção contra a poliomielite.
Por que alguns pais não vacinam seus filhos?
A não vacinação é uma das 10 ameaças à saúde global e, portanto, tem prioridade para ser enfrentada mundialmente.
As razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas e multifatoriais, e precisam ser mais bem compreendidas e analisadas nos diferentes países, lugares e contextos socioculturais.
Por que os pais hesitam em vacinar seus filhos? Por que esses pais têm alguma desconfiança a respeito dos benefícios ou da segurança das vacinas?
As conhecidas fake news criaram uma verdadeira epidemia de desinformação e disseminaram ampla e rapidamente pela Internet notícias falsas e desprovidas de base científica.
Um grupo consultivo de vacinas para a OMS identificou que a negligência, a dificuldade no acesso às vacinas e a falta de confiança podem ser consideradas como principais motivos dessa resistência.
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