30/10/2014 08:48:26
Saúde
Cordão umbilical em torno do pescoço do bebê nem sempre é motivo para parto cesariana
A intervenção cirúrgica só é necessária quando os sinais vitais do bebê se tornam comprometidos
DivulgaçãoCordão umbilical em torno do pescoço do bebê nem sempre é motivo para parto cesariana
Todo Segundo

O cordão umbilical, como bem diz o seu nome, é uma formação semelhante a uma cordinha, revestida por uma cartilagem esbranquiçada, bem elástica e flexível, com cerca de 50 centímetros de comprimento e 1,5 /2,0 cm de diâmetro e que contém no seu interior, uma veia e duas artérias, por onde se fazem as trocas de nutrientes, oxigênio, gás carbônico, bem como a eliminação dos resíduos metabólicos, entre o sangue materno e fetal através da placenta.

Em geral, o cordão se acomoda entre o corpo do feto, acima da sua porção mais baixa, e a parede do útero. Dá-se o nome de "circular de cordão" quando o mesmo, no final da gestação se "enrola" em torno de partes fetais - braços, coxas, tronco e o mais comumente, no pescoço. Não é tão raro quanto se pensa, visto que esta condição ocorre em um terço das gestações. Graças ao comprimento do cordão, as circulares não impedem, na maioria das vezes, que ocorra um parto normal, até porque, em geral estas circulares não estão apertadas.
 
O diagnóstico precoce de alterações no bem-estar fetal determinam medidas urgentes e radicais para conclusão do parto, muito comumente através de uma cesariana.

As "circulares" em geral se fazem e desfazem como resultado da própria movimentação do feto, imerso dentro da "bolsa das águas" e em geral podemos desenrolar o cordão no momento do expulsivo do parto. Assim, uma circular "reconhecida" ou "suspeitada" durante o pré-natal, através de um exame ultrassonográfico não condena uma gestante ser submetida sistematicamente a uma cesariana. A definição desta indicação vai depender das repercussões observadas pelos sinais de vitalidade fetal feita através de estrita vigilância e monitorização dos batimentos cardíacos fetais.

Quando ocorrem "circulares" não podemos falar em sufocamento, a expressão mais adequada a dificuldades na respiração pulmonar. Porém em ambos os casos ocorra redução ou bloqueio da oxigenação, mas desde que esteja ocorrendo um comprometimento do fluxo de sangue pelo cordão é previsível que se desenvolvam complicações neurológicas em variados graus e isto impõe a realização de uma cesariana.

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