Dor de cabeça é o sintoma mais comum em clínica médica, tem um impacto significativo na vida das pessoas e é causa frequente de absenteísmo (ausência do funcionário no ambiente de trabalho), levando a perdas financeiras incalculáveis para a sociedade civil.
Pior que um episódio isolado de dor de cabeça são os indivíduos com cefaleias crônicas, dores de cabeça constantes com frequência de 15 episódios ou mais por mês, por mais de três meses seguidos. E como diagnosticar e tratar as dores de cabeça constantes?
Primeiro, é preciso entender que as cefaleias crônicas são divididas em grupos, sendo a enxaqueca crônica e a cefaleia tipo tensional crônica os principais representantes. Assim, é importante conhecer características básicas da dor de cabeça, como:
Para facilitar o diagnóstico das dores de cabeça constantes, pacientes podem anotar informações básicas sobre suas dores e levar ao consultório, respondendo por exemplo os tópicos citados acima.
Segundo, frequentemente os pacientes com dores de cabeça constantes fazem uso excessivo de analgésicos, o que leva a um ciclo vicioso de dor, agravando o caso.
Finalmente, o médico mais atento perceberá facilmente que a maior parte dos indivíduos com dor crônica de cabeça têm comorbidades psiquiátricas associadas, por exemplo, transtornos ansiosos e transtornos do humor (depressão). Alterações do sono também são comuns nestas situações.
Logo, as dores de cabeça constantes são um desafio e, infelizmente, uma realidade na vida moderna. Conhecer o diagnóstico, investigar com exames complementares, interromper o uso excessivo de analgésicos e reconhecer comorbidades psiquiátricas associadas são elementos fundamentais. Após isto, a etapa mais crítica para alívio dos sintomas e resolução das dores acontece: a escolha do tratamento preventivo, medicações escolhidas por médico experiente dentre um portfólio de opções possíveis.
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