Danielle Cândido
Os casos de acidentes com material biológico representam 61% de todas as notificações de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho em Alagoas. Diante do elevado índice desses agravos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta sobre medidas que possibilitem aos profissionais de saúde desempenhar suas atividades com segurança e confiança.
O tema foi discutido com os profissionais de saúde do Estado durante reunião com a superintendente de Vigilância em Saúde, Cristina Rocha. De acordo com ela, pode-se diminuir essas ocorrências pela adoção de medidas de biossegurança, mudanças no comportamento e organização no ambiente de trabalho e desenvolvimento de estratégias e programas de capacitação profissional.
Uma das medidas a serem adotadas é a melhoria da notificação compulsória, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. “É preciso realizar o preenchimento correto da ficha para garantir a qualidade da informação”, alertou a superintendente da Sesau.
A notificação, ainda segundo Cristina Rocha, contribui para que os dados de saúde pública se tornem conhecidos e, por meio deles, se melhore a situação dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Para atingir esse objetivo, os prováveis notificantes vão participar de capacitação, além de ações específicas no Hospital Geral do Estado (HGE), onde se concentra um grande número de profissionais de saúde.
Notificação
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam), os profissionais de saúde de Alagoas que mais se envolvem em acidentes com material biológico são os técnicos de enfermagem, os estudantes e auxiliares de enfermagem, que representam, respectivamente, 26,8%, 15,2% e 14,4% daqueles que sofrem o agravo. Quanto à circunstância do acidente, a administração de medicamentos e o descarte inadequado constam entre as principais causas.
“Estamos sim diante de um dado negativo, mas esse é o papel da Vigilância em Saúde: olhar para os indicadores e traçar ações para a mudança efetiva. Por isso a necessidade da notificação”, acrescentou.
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