Davi SalsaUnidade de Emergência do Agreste fez mais de 46 mil atendimentos em 2016 Todo SegundoDa Agência Alagoas
O ano de 2016 foi marcado pela ampliação do atendimento e reforço na humanização dos serviços de saúde na Unidade de Emergência Daniel Houly (UEDH), em Arapiraca. O hospital realizou mais de 46 mil atendimentos em 2016, número superior ao de 2015, que somou 45 mil registros nas áreas de urgência e emergência.
A UE do Agreste está concluindo o ano com a consolidação do aumento da sua capacidade de socorro e suporte médico-hospitalar a pacientes de Arapiraca e outros 45 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco em Alagoas.
De acordo com a diretora-geral da Unidade de Emergência Daniel Houly, a médica Regiluce Santos, os serviços estão sendo reforçados com as obras de ampliação dos leitos. O prédio está passando por reformas em sua estrutura física e recebendo novos e modernos equipamentos.
O Governo de Alagoas está triplicando a quantidade de leitos de enfermaria. Atualmente, são 40 e passará para 120, além de garantir a ampliação da área de UTI, que conta com sete leitos e implantará mais 13, passando para 20. A área destinada às vítimas de AVC contará com 10 leitos, descentralizando o serviço do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.
A médica Regiluce Santos adiantou que a chegada do serviço para tratamento de pessoas vítimas de AVC vai permitir um reforço na humanização no tratamento dos pacientes e um atendimento seguro e ágil à população da 2ª Macrorregião de Saúde.
A médica esclareceu que a obra está modificando o perfil da Unidade de Emergência do Agreste, que passará a ser um hospital de grande porte para tratar os casos de traumas e doenças correlatas. Ainda na UE do Agreste, o governo já instalou um novo e moderno tomógrafo, que tem capacidade de realizar 50 exames por dia. O equipamento está em fase de testes, incluindo a capacitação dos profissionais para operar a máquina na realização dos exames em pacientes que serão atendidos.
Valorização profissional A diretora também fez questão de salientar o trabalho de humanização dos serviços e valorização dos profissionais de saúde. Ela cita como exemplo a implantação, desde o ano de 2015, do Núcleo de Educação Permanente (NEP), que neste ano de 2016 passou a ser multidisciplinar. “A ampliação do hospital não se resume apenas às mudanças físicas. Nossa preocupação não é somente com a transferência física dos setores. Estamos preparando todos os nossos profissionais para que cada setor tenha autonomia própria para administrar a mudança”, assegurou.
Nesse ponto, o Núcleo de Educação Permanente (NEP) da Unidade de Emergência do Agreste vem realizando um trabalho de forma alinhada com todos os servidores, visando estabelecer uma equipe de profissionais com pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, habilidades técnicas, científicas e princípios da humanização, orientadas para a melhoria da qualidade dos serviços.
Outro avanço foi a implantação do Setor de Qualidade de Vida no Trabalho (SQVT), que atua na motivação dos servidores, criando um ambiente onde as pessoas possam se sentir bem com a gestão e com seus colegas de trabalho, credenciando cada vez mais o hospital como referência no atendimento às vítimas de traumas de média e alta complexidade do interior de Alagoas.
Principal portal de entradaA Unidade de Emergência do Agreste é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) para uma população superior a um milhão de habitantes, que abrange Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. Além dessas regiões, a UE do Agreste ainda recebe pacientes de cidades de outros estados, próximas à divisa com Alagoas, a exemplo de Propriá (SE), Bom Conselho (PE) e Paulo Afonso (BA).
O hospital é especializado em atender emergências provocadas por causas externas, a exemplo dos acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo ou arma branca, queimaduras, afogamentos, choques elétricos, quedas e envenenamentos. Mas a maior parte dos pacientes atendidos pela UE do Agreste são as vítimas da violência no trânsito.
Ainda no trabalho de humanização dos serviços, o Projeto de Volta para Casa está se consolidando e ganhou mais apoio este ano.
Os profissionais de saúde trabalham a volta dos usuários sequelados para suas casas, preparando os cuidadores e familiares a tratar dos usuários. A equipe é formada por um médico, um psicólogo, uma enfermeira, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, uma professora da Ufal e estudantes. Um trabalho pioneiro em todo o estado.
A equipe faz visita domiciliar e procura a Secretaria de Saúde e de Obras, para, se necessário, fazer reforma na casa do usuário, a fim de que os familiares fiquem mais seguros e confiantes. “Para alcançar este resultado, focamos todo o trabalho em uma única palavra que é gestão. Com uma gestão moderna, cumprimos a missão de garantir e priorizar integralmente as ações de atendimento e assistência à saúde da população, fazendo com que a nossa unidade continue sendo referência no atendimento às vítimas de traumas de média e alta complexidade do interior de Alagoas”, finaliza Regiluce Santos.