Uma disputa que vale muito - calendário e uma boa grana.
Com a vitória do Murici diante do ASA na última sexta-feira por 2 a 0, o time alviverde forçou a realização da "seletiva" que vale uma vaga para a Copa do Brasil de 2021. Além de ter a premiação pela classificação - R$ 540 mil. Ou seja, além da relevância vem o alto nível de importância.
No entanto, há uma indefinição. Que gera uma enorme expectativa.
A Federação Alagoana de Futebol (FAF) vive um dilema para definir o sistema de disputa. Algo até normal, pelo momento delicado que a gente vive e pela dificuldade de adequar o calendário para que seja benéfico para todos.
São duas opções. A primeira: partida única e quem vencer garante vaga. A segunda: duas partidas, sem vantagem para ninguém, e quem for melhor passa. Com o fator de campo neutro, pois as partidas, pelo protocolo adotado, estão e seriam realizadas no Rei Pelé.
Minha opinião? Sem dúvidas a número dois. Seria uma decisão mais sensata. Daria mais oportunidades e possibilidades para as duas equipes. Em resumo, seria o mais justo. Levando em conta a altíssima importância de uma possível classificação - principalmente na parte financeira.
Acredito que com o término do estadual e os 'queridinhos' de fora, essa adequação seja menos complicada. Até porque CSA e CRB, geralmente não jogam aos domingos (ou quartas). Nesse caso, daria para ajustar as duas partidas em um tempo hábil. Tanto para a preparação, descanso e longevidade de calendário, mesmo que pouco, das equipes.
É difícil tal ajuste, com certeza. Mas é preciso um esforço para que tenha justiça na disputa. Não dá para banalizar algo que é por vezes, ou sempre, a salvação de renda de um clube de futebol. E já que o campeonato "acabou", nada mais coerente.
Outro ponto não menos importante: voz ativa. Os dois clubes em questão devem se impor diante do que é melhor, mais justo e correto. Não dá para aceitar calado algo que seja prejudicial e que pode acabar com um planejamento. É a hora de ter a coragem necessária e não baixar a cabeça (como de costume).
A Federação tem que entender que o futebol alagoano não é composto apenas pela capital e os do interior fazer entender. Tendo pulso. E não deixar decisões tão relevantes ao bel prazer da instituição. Ponto.
Portanto, para uma parada tão importante e complexa, a FAF deve usar de bom senso e sensatez. Caso contrário, estará, mais uma vez, cometendo um erro.
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