Mais um campeonato prestes a começar e a pergunta, dos últimos anos, é a mesma: quem vai acabar com a hegemonia de CRB e CSA?
A 91ª edição do Campeonato Alagoano começará no próximo sábado (20). Este ano o estadual conta com nove times (dois serão rebaixados). São eles: ASA, CSA, CRB, CSE, Desportivo Aliança, Murici, Coruripe, CEO e Jaciobá.
Os jogos: ASA x Jaciobá; CEO x Aliança; CSA x Murici e Coruripe x CRB. O CSE folga na primeira rodada.
Uma soberania foi estabelecida nos últimos anos. CSA e especialmente o CRB, dominam o futebol alagoano a algumas temporadas. O último campeão do interior foi o Coruripe, em 2014. De lá para cá são seis títulos alvirrubros (2012, 2013, 2015, 2016, 2017 e 2020) e dois azulinos (2018 e 2019).
Então, a missão da galera do interior é essa: exterminar a soberania dos times da capital. No entanto, não é uma parada tão simples assim.
Sabemos que em termos de estrutura, parte financeira, montagem e manutenção de elenco, os dois estão muito à frente. Sobretudo quando falamos em nível técnico e qualidade dos times. Algo que influencia diretamente no desempenho em campo.
Por exemplo, diferente dos demais clubes, a dupla de rivais monta e mantém seus respectivos elencos para uma temporada inteira. Pois jogam campeonatos de níveis amplamente superiores ao nosso estadual. Isso faz com que suas qualidades sejam superiores. Diferente dos outros clubes, que em sua maioria, montam um time ou mais de um por ano.
Acredito que para um time do interior findar com tal supremacia, ele terá que está num nível além do que se espera e que normalmente pode. Em termos tático, técnico, físico, psicológico e sobretudo de entrega.
É tipo aquela parada de igualar ou sobrepor a vontade do adversário. Porque, se formos falar de aspectos coletivos ou individuais, esquece. E não podemos ser hipócritas em afirmar que tais fatores podem se equiparar. É quase que impossível de acontecer. Por tudo que já foi dito e que envolve as diferentes condições fora do campo de jogo.
Se eu tenho um palpite de quem pode conseguir? Ainda não. E dificilmente terei, pelo menos não agora. No entanto, não é algo impossível. Até porque, assim como tabus, algumas hegemonias foram feitas para serem interrompidas. Essa é uma.
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