A pobre Segunda Divisão do futebol alagoano. E de piedade.
Se na Primeira Divisão, o nível técnico e de investimento já não são os ideais, na divisão inferior o cenário é pior ainda.
Um regulamento ruim, pouco tempo de trabalho e nada atrativo. O torneio tem data prevista para ter início no dia 14 de Setembro e encerramento dia 27 de Outubro. Um sistema de disputa em que todos jogam contra todos e os dois primeiros classificados já fazem a final. O campeão, logicamente, garante vaga para a "elite" (entre aspas mesmo) do futebol alagoano. Uma novidade é sobre a arbitragem, que será custeada pela Federação.
Quando o atual Presidente da Federação, Felipe Omena Feijó, assumiu em 2015 e com 23 anos (se tornando o mais jovem a assumir o cargo), o discurso era de renovação. Inovação. Novas ideias e conceitos. No entanto, de lá para cá, não mudou muita coisa.
Uma divisão de acesso que não oferece atrativo. Condições ruins para os clubes, alguns inclusive, ficaram vários anos inativos. Pouco mais de um mês de competição, sistema de disputa ruim e consequentemente, nível baixo. Se é que tem como baixar.
Na "elite", favorecimento para os da capital. Tudo é feito para o bem de CSA e CRB, como uma mãe que cuida de seus filhos. Aí eu pergunto: e o resto da "galera"?
Se numa primeira divisão já não é lá essas coisas, imagine a segunda. Algo poderia ser feito para melhorar isso. É só haver interesse para tal. Primeiro, um sistema de disputa atraente, para que os clubes pudessem investir e saber que jogarão por algo interessante. Mudança no calendário. Uma extensão de datas, sistemas de disputa diferente. Ou até mesmo outro torneio separado, que valesse vaga para uma Série D ou Copa do Brasil. Ideias que despertassem interesse.
É algo fácil? Não, lógico que não. Mas vai da vontade da Federação, clubes e investidores.
Fazendo isso ou tentando fazer, consequentemente o nível do nosso futebol melhoraria. Entre outros fatores e importantes fatores. Profissionais não ficariam tanto tempo sem trabalhar (do jogador, a tia da cozinha); as cidades com representantes também seriam beneficiadas, pelo movimento, entretenimento e também na economia. Ou seja, mudar os conceitos e tendo a inovação que foi citada no passado, a parada seria diferente.
Portanto, enquanto não acontecer mudanças a decadência continuará. Essa "várzea" continuará, a pobreza vai perdurar. E nós continuaremos a ver esse péssimo nível do nosso futebol. Tanto na "elite", quanto na inferioridade. Inferior, literalmente.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621