Autoridade. Essa poderia ser a palavra para definir a vitória do CRB no clássico de ontem.
Ontem, aqui mesmo, comentei sobre a obrigação que o ASA tinha de ter um desempenho melhor. Era um dever e algo que gerou uma grande expectativa, pela atmosfera criada antes da partida. Porém, tinha um obstáculo pela frente: o CRB.
Um primeiro tempo com as estratégias bem definidas e um jogo franco, até certo ponto. No lado vermelho, um time que procurava ter a bola e consequentemente o controle do jogo. Já no lado alvinegro, um time bem postado taticamente e defensivamente, a espera de um possível contra-ataque.
Algumas chances foram criadas, por ambas equipes. A maioria dos donos da casa, no entanto, nas oportunidades que o ASA teve, se a eficiência aparecesse, a história do jogo poderia até ter sido outra. Contudo, o"se" não joga no futebol.
No mais , o CRB pecava nas finalizações e na oscilação de intensidade. Já o ASA, se via em determinados momentos acuado e sem saída.
No segundo tempo tudo mudou. Principalmente a postura da equipe regatiana. O time voltou com suas linhas altas, mais intensidade, posse de bola e concentração elevada. Desse modo, o ASA que se via pressionado, se tornou presa fácil para o impetuoso CRB.
A disparidade técnica ficou nítida na segunda etapa, onde o time visitante mal conseguiu contragolpear. O reflexo foi justamente o espaço de tempo dos gols (que só aconteceram no 2º tempo). Um aos 9', depois aos 21', 27' e 33'. Neste segundo momento, foi justamente onde o ASA foi as cordas. No Boxe, teria sido "knockdown".
Foi um verdadeiro passeio de um time que foi muito superior, onde o 4 a 0 ficou até "barato". Se era um teste elevado que o ASA precisava, ontem ele chegou e para seu pesadelo, de forma assombrosa e brutal. A soberania que o CRB mostra e mostrou no últimos anos em Alagoas só se confirmou.
Para o Alvinegro, resta juntar os cacos da goleada sofrida e tentar ver os vários pontos deficitários. A procura da evolução deve ser constante e o tentar se reerguer, infinito.
Portanto, como diz Bruno Henrique (atleta do Flamengo), é outro patamar. O nível e a disparidade são grandes. E não ficaram apenas na teoria, foram para a prática. Azar do ASA, "sorte" do CRB. Que passeou, deitou, rolou e goleou, em Maceió, no Estádio Rei Pelé.
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