Impossível. Improvável. Algo difícil de acontecer. Estava assim o cenário do estadual de 2014. De um lado a força maior e do outro o azarão.
Há exatos 5 anos, da 30 de Abril, na 84ª edição do estadual, os prognósticos mudaram. As certezas tiveram fim. Um fim verde. De força. Como o personagem Hulk, que hoje é mascote do Coruripe.
Em 2014, poderia ser o ano do terceiro título consecutivo do CRB. Poderia. Era um campeonato com o formato diferente do atual. Era dividido em Copa Alagoas, vencida pelo Murici, e a Copa Maceió (Fase final), que teve em sua fase de semifinal, os confrontos de CRB x ASA e Murici x Coruripe. Num regulamento que usava a pontuação total para definir os classificados. Na final, deu CRB x Coruripe.
Lembro que na época, diziam que ia dar a lógica. E sabemos quem era a "lógica" naquele período. Só que, o futebol é apaixonante por não ser exato. E naquele ano não foi. O Coruripe do técnico Jaelson Marcelino, não começou bem o campeonato. Foram altos e baixos. De um início ruim, com várias certezas e dúvidas. E perguntas como: será que dá para chegar? Deu!
Tinha Santos no gol, um plural de quem protege. E seu reserva, Batista, que protegia na mesma proporção; Chiquinho Alagoano era como um ioiô, defendia e atacava com a mesma competência; Willames José e Tiago Papel, um era força, o outro leveza, como o seu nome; George, na esquerda, era desafogo e fogo; Mazinho, a segurança; Jair, a fortaleza de uma gerra; Jota era o capita, o chama títulos que chamava a responsa; Anderson Paulista, a calmaria; Aurélio, a qualidade e técnica; Ivanzinho, o "capeta" que infernizou quem via pela frente; e Etinho, o matador, artilheiro o do cheiro de gol.
Foi assim, que o irreal aconteceu. Em pleno Rei Pelé. Uma vitória em casa por 2x1 e um empate heroico em Maceió, por 0x0. Assim, como Davi derrotou Golias, o Coruripe derrotou o CRB. Fizeram o que diziam que era impossível. Só esqueceram que o impossível no futebol não existe.
O "Último dos Moicanos". O último campeão vindo do interior. Quem acabou com uma hegemonia, que voltou a perdurar. Porém, lá, em 2014 teve fim. Com a força de quem acredita, de quem persiste, insiste. Daquele que por si só, é o Hulk. Do litoral. De Coruripe. De Alagoas.
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