Beirando a perfeição.
Fluminense e Manchester City disputam a final do Mundial de Clubes 2023 nesta sexta-feira, às 15h (Brasília), no Estádio King Abdullah (A Jóia do Rei).
O confronto marca o encontro de Fenando Diniz e Pep Guardiola. Do jogo aposicional versus o jogo posicional.
É preciso enteder que os conceitos dos treinadores, por mais que prezem e preconizem a posse de bola como principal elemento, são maneiras de jogar diferentes. No entanto, muitas pessoas, através de algo que se tornou quase que um senso comum, fazem analogia das duas ideias como se fossem iguais. O que é um equívoco.
Diniz tem como metodologia o jogo aposicional. Uma forma de jogar quase que própria e com mecanismos de um jogo mais livre, onde os jogadores podem migrar de posições a partir da aproximação de setores. Buscando assim, ter mais jogadores na zona da bola. Por isso vemos dois pontas do mesmo lado, laterais atravessando o campo e meias que buscam a bola nos pés dos defensores.
Já Guardiola utiliza seu conhecido e eficiente jogo pocisional. Talvez o City seja a personificação desta ideia. O conceito utiliza as zonas do campo para buscar superioridade, seja ela numérica, quantitativa ou posicional. O time utiliza toda a largura do campo, para que através da posse de bola, exista todo o controle das ações - inclusive dos adversários. Outro ponto, é a paciência para rodar a bola. Tanto para fazer com que o adversário balance a marcação, quanto para gerar espaços para as linhas passes.
Certamente podemos elencar algumas semelhanças em ambos os meios de entender e enxergar o futebol. Por exemplo, são times que utilizam o perde pressiona, a saída de três, que têm a proposta de ter a bola para buscar progressão e criação de mecanismos para gerar alternativas ofensivas. No mais, apenas e somente isto.
O favorito do confronto é o City. A diferença dos times é grande. Como qualquer que seja o confronto entre um sul-americano e um europeu. E nós precisamos ser humildes para entender e reconhecer tal condição. Contudo, isso não quer dizer que seja impossível o Fluminense vencer a partida. Até porque já vimos históricos de grandes favoritismos e superioridades serem destruídos com o jogo jogado.
Por isso e outros aspectos, a margem de erros do Fluminense será praticamente zero. Os erros cometidos e espaços ofererecidos contra o Al Ahly, por exemplo, não podem e nem devem existir. Será preciso entender os momentos e nunaces do jogo para implantar o plano de jogo e ser eficiente ao executa-lo.
Acredito também que pelo perfil de Fernando Diniz, especialmente de encorajar seus jogadores, o FLU não fuja muito de suas características e princípios. Mesmo entendendo que os níveis são totalmente diferentes. Mas, a meu ver, é preciso calma, cautela e poder mental para entender o que o jogo vai oferecer.
Então, é possível vencer, claro. Mas o Fluminense terá quue fazer um jogo perfeito.
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