20/10/2020 07:19:49
André Avlis
ARAPIRACA: O conto e o encanto do Estádio Coaracy da Mata Fonseca
Estádio Municipal de Arapiraca: local de alegria, glórias e histórias.

Uma lacuna "pressagiada" teria aparecido se ele não existisse. Seria como sentir saudade daquilo que não se vive - podem ter certeza.

Ainda bem que ele surgiu. Nasceu, cresceu, mudou e progrediu. Apareceu para Arapiraca em 24 de maio de 1953 - em sua inauguração. Lugar de vários nomes. Deixou de ser "Poeirão" em 29 de outubro de 1977, quando um tapete verde chegou. Foi também na mesma época que ganhou luz. Onde uma zona charmosa também se fez.

 Foto: construção do fosso e da arquibancada "charmosinha", em 1977.

Tornou-se casa - do ASA. Levou e leva consigo a alcunha de quem vem de uma cultura. Onde se planta, se colhe, se conserva, se cuida. Como se o retrato de uma cidade coubesse em apenas um nome. No aumentativo de quem já se tornara grande - o 'Fumeirão'.

É Municipal por ser nosso. Reformulado em 2010 para ser ainda mais. Nas melhorias de quem por vezes melhora quem ele mesmo acolhe. Com o magnetismo de querer estar. Como se em setores dele próprio explicasse o que se sente. Tipo algo metálico e que nos puxa; charmoso como um canto e cativo como sua presença.

Às margens de uma linha onde tudo começou, ele é o norte. O destino. O caminho. Um rumo de quem ama um amor universal - o futebol.

Desde o início em tardes de domingo. Na contínua história de quem já não era mais visitado em apenas um dia. Pois o tempo fez questão de revelar um rumo. Prazeroso, gostoso e acolhedor - ele próprio.

Posso até estar sendo demagogo, mas acredito que Arapiraca não seria a mesma sem o Estádio Coaracy da Mata Fonseca. Iria faltar algo. Teria um vazio que, por vezes, seria inexplicável. Ironicamente explicável - mesmo sendo difícil.

O "Poeirão", o "Fumeirão", o 'Campo do ASA', o Municipal. De várias formas, nomes, jeitos e trejeitos. Em resumo, uma palavra pode defini-lo: único.

Seria utopia não tê-lo, vivê-lo. É indiscutivelmente um templo - nosso. De festa, alegria, tristeza, choro, êxtase, frenesi. Onde glórias foram vividas e renascimentos foram presenciados. Sendo ele o presente. Nós, estando presentes.

Um canto. De contos. E vários encantos. O Estádio Coaracy da Mata Fonseca.

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