18/07/2019 09:08:53
André Avlis
ARAPIRACA: O Cruzeiro está de volta! E que bom
Um novo e velho conhecido do povo arapiraquense está de volta. O time foi registrado na última quarta-feira na Federação Alagoano de Futebol (FAF), pelo Presidente e contabilista, Joel Rocha.

Um retorno necessário. Arapiraca sempre precisou de outro clube de futebol. Num passado não tão distante, isso aconteceu.

O Esporte Clube Cruzeiro de Arapiraca está de volta. Sim, Cruzeiro. Uma homenagem ao mais conhecido e vitorioso, de Minas gerais. O da "Terra do Fumo" foi fundado no dia 7 de setembro de 1983. Seu auge foi nos anos 90. Em 1991 chegou nas semifinais do estadual. Em 1994 disputou a Copa do Nordeste, fazendo ótima campanha e sendo desclassificado nas quartas de final pelo CRB. Uma final contra o CSA e extinção em 1997, por conta de problemas financeiros. Inclusive, revelou o ex-goleiro Dida, que atuou por Milan, Vitória, Corinthians e Seleção Brasileira. Entre outros bons valores.

Agora, após 22 anos está de volta. Em 2020 deverá jogar a 2ª Divisão do Campeonato Alagoano. Para a felicidade de alguns, infelicidade de outros. E principalmente, para acabar com um monopólio criado.

Primeiro, Arapiraca não tem dono. Segundo, não tem parada de xerox, "fake" ou fotocópia. É o Cruzeiro, em homenagem. Como existem tantos outros times com o mesmo nome. Um novo projeto indispensável encabeçado pelo Presidente Joel Rocha; Bilú, grande desportista da cidade; Benaldo Santos, empresários, entre outros.

Um monopólio foi criado em Arapiraca, lógico, por ter só um time de futebol. Com isso, várias coisas ruins aconteceram. Bons jogadores da cidade não foram aproveitados, onde se houvesse mais um clube, isso poderia ser diferente. O foco foi apenas em um aspecto e esse foco fez com que até o ASA fosse prejudicado. Se acharam soberanos, donos de tudo e não são. Basta ver a situação atual do clube. Ou seja, o "se" vai aparecer sempre na parada. E que bom.

Várias coisas terão que mudar com a reativação do Cruzeiro. Patrocínio de verba pública terá que ser dividido, no caso a grana da Prefeitura ou do Estado. Parceiros também serão separados e escolherão a quem se juntar. O Estádio Municipal (que não tem dono particular) voltará a ser "separado". A torcida, essa vira incógnita. Porém, deve haver uma divisão.

Muito se fala em traição, trairagem, inveja, falsidade. Puro "mimimi" e dor de cotovelo de alguns torcedores da cidade. O novo projeto não vem para tomar o lugar de ninguém ou alguém. Pelo contrário. Vem para retomar um lugar que é de direito. De quem nunca deveria ter "desaparecido".

Portanto, que seja o pontapé inicial de uma reviravolta no futebol profissional de Arapiraca. Que, com pés no chão, trabalho e planejamento as coisas possam caminhar certo. Que o Cruzeiro (das estrelas gordas) ressurja, cresça e nunca mais desapareça.

Ah! E por fim... Arapiraca não tem dono.

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