Muitos falam em traição. Outros em oportunismo. E assim segue o futebol profissional de Arapiraca. Que nunca teve dono, vale lembrar.
Ataques em redes sociais, comentários maldosos de uma parte da imprensa, torcedores um possível "medo". Assim ficou a vida do Cruzeiro após anunciar a sua volta. O porquê disso!? Não me perguntem.
A volta do Cruzeiro, como já disse, é essencial. Lógico, em meu modo de ver. Com o monopólio criado por um único clube, obviamente, muito se perdeu. O se achar "dono" imperou e agora fica evidente. Algo que não acontecia quando o próprio Cruzeiro ainda estava ativo. Falam como se o "novo" clube estivesse surgindo agora. Mas esquecem que esse projeto perdura por muitos anos e que agora saiu do papel. Ainda bem.
Uma coisa é certa. Se esse retorno tivesse acontecido quando o ASA estivesse na boa, essa discussão não aconteceria. O receio de alguns, é a piora do time preto e branco - pura bobagem. Uma concorrência a essa altura, pode ser até algo benéfico. Concorrência gera excelência. O botão de "start" poderá ser ligado, finalmente. E quem está à frente do Cruzeiro não tem nada a ver, se quem passou pelo Gigante afundou o clube. O culpado, nesse caso, são outros.
Volto a repetir: o Cruzeiro não vem para tomar o lugar do ASA. Pensar assim é se equivocar, e muito. Sua volta é a tentativa de resgatar o que foi perdido. O aumento de oportunidades e possibilidades para quem é da terra. Pela história, se essa inatividade não acontecesse, o cenário do futebol em Arapiraca seria totalmente diferente. Assim contam os que viveram na época da "cidade dividida" em preto e branco, branco e azul. E história é algo que não se apaga.
Portanto, o "medo" vai continuar. O "mimimi" também. E a dor de cotovelo mais ainda. A grandeza do ASA não se apagará da cidade. Porém, ele nunca foi dono. Ninguém foi, nem é e nem será. O futebol de Arapiraca agradecerá esse retorno. Se for feito da maneira correta e profissional. Podem anotar.
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