Uma ida por necessidade. Uma volta porque era preciso.
Eu mesmo contestei a ausência - naquele momento - inexplicável do Zé. São ossos do ofício de quem tem em seu perfil a "mania" de sempre questionar. Até para não haver dúvidas ou suposições ou qualquer aspecto incerto. Provavelmente - ou jamais - em mim, isso mudará.
Zé, eu sei o real motivo de todo o contexto vivido até ontem; ou até aqui. Não preciso falar ou externar, é algo tão íntimo quanto sua razão pessoal, humana e nobre. Talvez um dia você explique. Mas se não, tudo bem. Até porque um bem maior e verdadeiro foi feito. Eu também faria o mesmo.
Você foi ator principal de uma crônica por ir, mesmo sem ter ido definitivamente. Eu a escrevi deixando um parêntese aberto e um manifesto - cheio de interrogações - por imaginar que ali ainda não era um ponto final. E não foi. Foi um eminente recomeço.
Um reinício de quem é incontestavelmente imprescindível para o caminhar de um mecanismo. Correndo, jogando, protegendo, se doando. Até quando as pernas não respondem mais. Nem menos. Muito menos por falta de vontade de quem teve o desejo de regressar. Por entender que existia um propósito. Por saber que por trás de toda abdicação, há uma finalidade.
Seu ato foi de coragem. Assim como de um time desacreditado que costuma acabar com convicções céticas. Reerguendo-se em atmosferas que puxam para baixo. Acordando de um sono quase que profundo. Sendo altivo, autêntico e legítimo.
Meu exercício continuará sendo o mesmo - como eu disse, dificilmente mudará. No entanto, é necessário exaltar quem conseguiu dignificar, especialmente em atitudes, sua hombridade. Não é um pedido de desculpa. É apenas mais uma crônica para fechar aquele parêntese deixado em aberto. Colocando um ponto - certamente continuativo - num roteiro com um belo final.
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