Quando citei o improvável para descrever a situação do ASA, foi para mostrar o quanto a história do clube é cheia desses fatos "impossíveis".
Ontem, não teve a importância de alguns daqueles jogos históricos que citei. Não como o gol de Jaelson em 2000, a Batalha do Acre, a eliminação do Palmeiras ou aquele gol de Léo Gamalho contra o Ceará, pela Copa do Nordeste. Mas teve a sua importância. Seu valor próprio.
Uma vitória como essa serve para dar moral, aumentar a autoestima e principalmente, dá um respaldo positivo para a torcida e diretoria. Tudo o que esses jogadores precisavam no momento. E conseguiram. Mudando aquilo que foi tão comentado, falado e cobrado: O comportamento e a postura dentro de campo.
O time ontem foi outro. A competitividade, vontade e entrega enfim apareceram. Ainda bem. Um jogo seguro, com evolução no comportamento tático, solidez na defesa e com algumas situações de gols criadas. Sustos? Alguns. Porém, quando apareceram, Marcão estava lá para fechar o gol, como de costume. A gana e o "sangue no olho" estavam estampados nos semblantes dos jogadores alvinegros. Como a muito tempo não se via. Inclusive, se esse comportamento já estivesse desde o início, a parada estaria diferente. Contudo, antes tarde do que nunca.
Uma palavra resume essa vitória de ontem: Merecimento. No futebol, quando se faz por merecer, o êxito é inevitável. E foi. O forte CRB sentiu na pele o que várias outras equipes já sentiram. Experimentaram mais uma "acordada" do Gigante. Daquelas que ele parece até está morto, mas quando a gente vê, era só ferido mesmo. Vai ver que é por isso que também é chamado de Fantasma.
Portanto, sem querer cravar algo. Até porque o futebol não é exato e a gente viu isso ontem. Mas, se a pegada do jogo de ontem for mantida até o final da primeira fase, a classificação vem. Junto da briga por algo maior. Acontecendo isso, a desconfiança vai dar lugar a confiança, esperança. Tudo aquilo que faltava. Tudo o que o ASA necessita.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621