Elenco novo, cara nova. A renovação de ânimo após uma brilhante vitória.
A expectativa pela volta do Campeonato Alagoano trazia, também, várias dúvidas. Um misto de esperança e apreensão.
Um time que antes da pandemia, era pífio tecnicamente. Deixava, assim, o torcedor sem tanta motivação. Porém, parece que algo mudou.
O ASA recebeu o CSA em Arapiraca necessitando vencer, de qualquer jeito, para poder pensar em classificação. Com a diferença de preparação, o time azulino era favorito. No entanto, em campo a parada foi diferente.
Léo Goiano, técnico do Alvinegro,colocou em campo um time totalmente reformulado com: Deola; Wander, Charles, Martony e Jakinha; Moreilândia, Eberson, Jayme, Sapé, Maranhão; Leandro Cearense.
No primeiro tempo, a estratégia foi nítida e sentida. Dar a bola ao CSA e ser o que, hoje, chamamos de reativo. Ou seja, se portar bem taticamente de forma organizada e sair no contragolpe - algo que deu certo.
Em um belo chute, aos 11 do primeiro tempo, Jardson (Sapé) abriu o placar com um chutaço de muito longe. No momento em que time azulino crescia na partida. Inclusive com chances de gol.
No entanto, a partir do gol, a guarda maruja baixou. O ímpeto diminuiu e a organização defensiva do ASA prevaleceu. Até que, em jogada ensaiada, o Gigante aumentou com Léo Cearense.
Balde de água gelada para quem buscava o domínio do jogo. Em resumo, era a posse de bola pouco efetiva, contra uma organização tática.
Já no segundo tempo, o que era esperado: jogo truncado. O CSA com várias mudanças tentava ter o controle. Porém, nada feito. Até que o ASA ficou com um a menos. Transformando a partida em ataque contra defesa.
O ritmo baixou com o campo pesado. O cansaço foi nítido e falta de ritmo notória. Foi aí que apareceu a superação. Mesmo na maior parte do segundo tempo, não tendo a organização e inspiração técnica, o ASA segurou o resultado.
Vitória gigante do Gigante. E vale ressaltar alguns pontos.
A organização tática da equipe. Mesmo com tão pouco tempo de trabalho. A consciência e assimilação de uma estratégia por partes dos jogadores.
Além das variações de sistema. Quando o time defendia num 4-1-4-1; com a segunda linha de quatro sendo efetiva. Tanto quando mudava para o 4-2-3-1; para atacar. E às vezes até mesmo defender.
Fazia tempo que eu, particularmente, via o ASA ter essa vontade, entrega e alma - sem querer iludir ninguém com apenas um jogo.
Foi sim, uma vitória grandiosa. Para desmembrar a apatia que insistia em aparecer. Dando uma sobrevida no campeonato e uma vida no sentimento do torcedor.
Por fim, vitória merecida. Incontestável. E, principalmente, segura. Na superação e no coração. "Fim".
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