Da ascensão a queda. Do topo, ao fundo do poço.
O ASA vem vivendo, nos últimos anos, os piores momentos de sua história. Frustrações e tristezas; enorme crise financeira; derrotas dolorosas e inatividade.
A situação quase que desesperadora é fato. Mas de quem é a culpa?
Voltemos um pouco no tempo.
De 1953 até 2000, o clube era um mero coadjuvante no cenário do futebol alagoano, nordestino e brasileiro. Foram 47 anos até o título que mudaria de vez a história alvinegra. A primeira década do novo milênio chegara e a melhor fase do time arapiraquense também.
Com ela, vieram as boas campanhas na Copa do Brasil, os títulos estaduais de 2000, 2001, 2003, 2005, 2009 (ano do acesso para a Série B) e de quebra, mais um estadual em 2011. A partir daí vieram as participações na Série B em 2010, 2011, 2012 e 2013 (ano do rebaixamento e o vice-campeonato do Nordeste).
O patamar havia sido elevado. O nome ASA se tornou mais forte e o clube virava uma das potências do estado. Em vários aspectos: de estrutura, time, organização financeira e gestão.
No entanto, um patrimônio não foi construído. Um grande erro, em meu ver. O que era para ser um CT, virou sonho, balela. Inclusive, o dinheiro para ser feito existiu. Naquela venda do Júnior Viçosa em 2010, para o Grêmio. Onde ficou "prometido" o investimento. Apenas promessa.
Várias pessoas passaram pelo clube. Com bons trabalhos e outros nem tanto. No ano que teve início a decaída, 2013, o clube ainda estava no "azul". Mas, do azul para o vermelho foi um pulo. A Série B rendia muito para o ASA, o dinheiro que a competição pagava ajudava e ajudou nessa subida de nível. O rebaixamento "quebrou as pernas do clube".
Após tudo isso, começava o desastre. Dois acessos bateram na trave (vai ver a bola puniu), más gestões apareceram e na contramão o dinheiro "sumia" e "sumiu. Até que veio o rebaixamento para última divisão do nosso futebol e logo depois a inatividade. O tempo foi passando, as dívidas aumentaram e o fundo do posso chegou. Quem era exemplo a ser seguido, virou o contrário.
Houve abandono por parte de alguns torcedores. Principalmente daqueles que tinha o ASA como "único time". Teve omissão por parte de setores da imprensa, onde diziam que tudo era sempre um mar de rosas e que estava tudo bem.
Então, em minha opinião, não há apenas um culpado. Alguns têm mais culpa que outros, é bem verdade. Nesse meio tempo, a vaidade reinou no clube. Arestas foram criadas, picuinhas surgiam. O "levantar da bandeira" foi pessoal e não da instituição. Donos surgiram, onde não se tem. O que era para ser uma união para um só objetivo (o ASA) se tornava guerra. E em meio a todos esses fatores, um único alguém sofreu, sofre e vai sofrer com tudo isso: o ASA.
Uma breve resumo para comprovar que, ninguém é maior que a instituição. De que as pessoas passam, o ASA fica.
E ficou/deixaram... no fundo do poço.
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