Eu, particularmente, gosto de uma frase: "clássico não se joga, clássico se ganha".
É mais um clichê de quando se fala em rivalidade no futebol. Porém, é mais uma verdade. E foi assim ontem, no Estádio Municipal.
Um gol logo no início da partida deu uma certa tranquilidade a equipe alvinegra e quebrou a estratégia do time palmeirense. Porém, no decorrer do primeiro tempo a tal tranquilidade se transformou em comodidade e apatia. Até os 20, 25 minutos, o ASA tinha um certo controle das ações. Mas, com a intensidade em baixa, isso parou por aí.
O CSE teve a posse, mas não soube aproveitar, pois afunilava demais o jogo pelo meio. Facilitando assim a marcação e forte marcação alvinegra. Sem muitos sustos, a rapaziada foi para o intervalo à frente do placar.
No segundo tempo, o lampejo da volta da energia e ímpeto apareceram. No entanto, não durou muito. Mais uma vez o meio não foi tão criativo e consequentemente, não municiou seus atacantes de uma forma agradável. O adversário continuava tendo a bola, mas sem muita objetividade - até pela organização tática do ASA. Daí então, uma estratégia foi montada.
Com a obrigação de sair para o jogo, o CSE se expôs. Deixando alguns vazios em campo e buracos na defesa. Foi assim, que no contraste dos gols, o último aconteceu. Bola na rede no fim, para selar a vitória.
Os níveis ainda não são ideais, isso é bem verdade. No entanto, alguns pontos positivos apareceram ontem na equipe alvinegra. Apesar da apatia, baixada na intensidade e lentidão darem as caras novamente. Algo ainda "normal", dadas as circunstâncias.
Na parte ofensiva, me chamou atenção a velocidade que em determinados momentos o time conseguia chegar ao ataque. Mesmo ainda sem tanto entrosamento.
No entanto, foi a parte defensiva que eu vi uma evolução; e boa evolução. A recomposição e compactação foram primordiais para que o CSE não tivesse chances de penetrar na defesa. Setor esse que estava muito bem postado. Levando assim uma dificuldade enorme para o adversário.
É bem verdade que erros aconteceram novamente. Inclusive, uma vitória os escondem mais que uma derrota. Porém, os três pontos vieram.
Ontem, quando escrevi sobre o clássico, falei sobre superação, garra, vontade e gana de vencer. Que qualquer aspecto sumiria se isso fosse posto em prática, e foi o que aconteceu. É de exaltar o quanto os jogadores do ASA correram e se doaram, mesmo com pouco tempo de preparação. É o reflexo daquela frase clichê no início desse texto.
Portanto, a hegemonia continua. Desde 2009 o ASA não perde para o CSE. Foi uma vitória para dá moral para a sequência da Copa Alagoas e uma certa tranquilidade para trabalhar. Alguns ajustes precisam ser feitos e serão. A expectativa agora, é da evolução gradativa que a sequência de jogos proporciona.
Com a vitória, o ASA é o líder da competição com 4 pontos (em 2 jogos) e enfrenta o CEO na próxima rodada, na próxima quinta-feira (09), às 20h, no Estádio Municipal.
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