Imortal. Que quase morreu em campo. Ou fez seu treinador morrer, de raiva. Após um pênalti perdido.
Um clássico místico, que chegou ontem ao confronto de número 420. Essa, que foi a edição de número 100 do "Gauchão". Um título invicto, após 54 anos e que fez o tricolo chegar ao seu 38º troféu.
O título veio para coroar uma campanha incontestável. Sem perder para ninguém, sendo melhor ataque e melhor defesa. Foram 11 vitórias, 6 empates, 38 gols feitos e apenas 1 sofrido. Ou seja, indiscutível. E quem tentar, vai falhar.
Eu, particularmente, sou fã incondicional desse clássico. Por tudo que envolve. A atmosfera, a preparação, o equilíbrio. E essa última descrição cai muito bem e retrata o que foi essa final. Um constância enorme de ambas as partes. Mas, lógico, que com aquilo que só o Gre-Nal proporciona. Briga, emoção, luta, discussões, empurrões, bravura e amor pela camisa que veste. Isso é apenas um pouco do que transparece esse clássico.
Ontem, teve gente indo do inferno ao céu. Um que poderia ser apenas vilão, e foi. Mas também foi herói. E por falar em em herói, um apareceu. Paulo Victor, goleiro tricolor, pegou três pênaltis na decisão. Antes disso, Marcelo Lomba, do Inter, seria candidato ao heroísmo quando pegou o pênalti de André (que no momento virava vilão). No momento...
O atacante foi corajoso o suficiente para cobrar novamente, dessa vez nas derradeiras cobranças. Bateu e fez. Deixou de ser vilão. Fez muita gente "morrer". Virou imortal, como é o Grêmio. O Grêmio de Renato Portaluppi, ou Gaúcho, para os íntimos. Ele que está cansado de dar voltas olímpicas, por conta dos títulos. Fez a essência do futebol do clube mudar. Hoje, é um dos melhores futebóis do país. E os títulos conquistados está aí para mostrar.
Mais uma vez, o imortal fez jus ao nome. De forma invicta. Infinita. Indiscutível.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621