Amor exagerado aos próprios interesses a despeito dos de outrem (outros). Assim é o significado da palavra egoísmo em nosso dicionário.
No entanto, ironicamente, poderia ser sinônimo para o futebol brasileiro.
Antes de tudo, citarei dois exemplos de como o profissionalismo e organização mudam o patamar de ligas "inferiores". Na Inglaterra e Alemanha - deixando de lado a Premier League e a Bundesliga.
A Championship, segunda divisão da Inglaterra, é organizada pela Football League; que também organiza as terceira e quartas divisões. A segundona alemã, como o próprio nome oficial já indica, é gerida pela Bundesliga. Em ambos casos as federações não tem nada a ver com a administrações das competições.
Tais modelos, naturalmente, rendem grandes acordos com patrocínios e de transmissão. Inclusive, alguns levam o nome de marcas milionárias e famosas. Gerando atrativos e investimentos que aumentam o nível na área financeira. Influenciando, conjuntamente, na média de público nos estádios - outro fator de renda para os clubes.
Além de todo essa ascensão na parte de gerenciamento, falando do campo técnico em si, a evolução é nítida e notória. Nos aspectos de qualidade de jogadores, equipes, competitividade e disputa. Ou seja, houve uma melhora significativa, também, no futebol jogado.
Mas, então, por que não isso não é feito no Brasil? Pergunta complexa e resposta simples: egoísmo.
Aqui, vivemos um paradoxo. Em tempos o "juntos somos mais fortes" é usado; em outros o "farinha pouca meu feijão primeiro". E assim seguimos.
É algo enraizado no futebol, reflexo da sociedade em si, inclusive. Do tipo: "se eu estiver bem, meu vizinho que se dane". Porém, quando os lados mudam, a presunção transforma-se em "humildade". Típico.
Outros fatores pertinentes e preponderantes "ajudam". A podridão, corrupção, arrogância e jogo de interesse que existe. De canto a canto. Divisão a divisão. Porém, quem perde são os do "escalão inferior".
Não há um plano e estratégia conjunta para fortalecer o nosso futebol. E quando falo futebol, é na forma mais ampla - TODOS. Não há uma união, conexão , organização, entendimento e harmonia para um fortalecimento total, mútuo.
O "País do Futebol" que vive uma utopia de tornar-se forte mais uma vez. Porém, a realidade mostra que não. A inferioridade mostra a triste realidade de quem baixa o nível gradativamente. Em termos técnico e principalmente de gestão. Por um breve e talvez único motivo: Egoísmo. Infelizmente.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621