08/10/2020 06:52:32
André Avlis
BRASILEIRÃO: Palmeiras perde para Botafogo e perde também sua "invencibilidade enganosa"
Caiu o último invicto do campeonato. No Engenhão, Alvinegro carioca bate o time paulista por 2 a 1 e volta a vencer depois de 10 jogos.
William, do Palmeiras e Honda, do Botafogo, disputam a jogada no Engenhão.

 Nenhum time é invencível ou intransponível. E ontem, no Rio de Janeiro, foi dia do Palmeiras mais uma vez comprovar tal ditado.

Antes da partida, válida pela 14ª rodada do campeonato, situações totalmente distintas. De um lado, um time que não vencia há 10 partidas, o Botafogo, e dou outro, um que não perdia há 20 jogos, o Palmeiras.

Em campo, o time carioca se mostrou superior desde o início da partida. Encaixado em uma marcação ora média, ora alta, fazia com que o alviverde não tivesse uma saída de bola 'limpa' - basta ver a zona de campo onde se errou mais passes. A extrema lentidão do Palmeiras fazia com que o Botafogo tivesse a retomada rápida das ações.

Apesar de ter, na maior parte do tempo, essa ações ofensivas, o time carioca pecava na parte de criação - o último passe. No entanto, poderia muito bem ir para o intervalo com superioridade no placar.

No segundo tempo, um gol tão rápido que nem Vanderlei Luxemburgo viu (pois ainda estava no vestiário) - talvez subestimando o adversário. Gol que deu tranquilidade para o Fogão, que logo em seguida marcou o segundo. Foram 10 minutos para colocar o Palmeiras nas cordas - como um pugilista desnorteado.

A partir daí, com o placar favorável e o tempo a favor, o Botafogo baixou as linhas e deu a bola ao Palmeiras, esperando um contra-ataque. Em contra partida, foi também a partir dessa atitude que o alviverde começou a jogar - ironicamente. Tomando conta das condutas e atacando a todo momento. Diminuindo o placar e ainda perdendo um pênalti.

Por fim, e por puro merecimento o Botafogo, enfim, voltou a vencer. Do outro lado, fim da invencibilidade - "enganosa".

Mas, enganosa por que?

Na partida de ontem, o Palmeiras deu mais um indício de sua oscilação de desempenho. Entre falhas coletivas, baixo nível técnico, coletivo e individual. Total falta de intensidade e um futebol pobre. Vários problemas corriqueiros foram mais uma vez escancarados. Principalmente a construção das jogadas e o início delas.

É um time, muitas vezes ou sempre, previsível e pragmático. Fatores que o torna de fácil domínio. Além da ideia de jogo do técnico que não está encaixando como deveria. Ontem, por exemplo, tendo jogadores para fazer o lado esquerdo com a 'perna boa', preferiu colocar outro com a perna contrária. Acabando com uma possível profundidade - que aconteceu quando houve a mudança correta. No conjunto da obra, houve uma certa 'culpa' do Luxa, também.

Entre números, para quem é apegado, o termo invencibilidade cabe perfeitamente. No entanto, nos últimos jogos algo já avisava que ela iria ter fim a qualquer momento ou em qualquer jogo. São 13 jogos; 5 vitórias, 7 empates e 1 derrota. Pontos importantes perdidos por descuido, desatenção e baixa performance.

Pode ser que seja um termo rígido ou rigoroso? Talvez. Mas pelo atual cenário, ele certamente encaixa na situação. Real em estatísticas e ilusório em desempenho. Porém, talvez agora, com a derrota, o time entenda que é preciso melhorar e convencer. Caso contrário, o enganado será tão somente e unicamente, seu torcedor.

E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621

Todo Segundo - O maior portal de notícias do Agreste e Sertão de Alagoas.. ©2024. Todos os direitos reservados.