Coincidência. Polêmica. Reincidência. Poderíamos falar apenas do jogo - em termos tático e técnico - mas é impossível. No entanto, falemos.
O jogo:
O CRB tinha a vantagem de um gol, jogava pelo empate e por resultados iguais (saldo de gols); por ter feito melhor campanha. Já o Desportivo Aliança, tinha que vencer por dois gols de vantagem. Obrigatoriamente.
Um começo de jogo elétrico da equipe do Aliança e um gol logo de cara - aos 7 minutos. Caía por terra a vantagem do CRB. O tricolor ora marcava com linhas médias, ora com linhas baixas. Dificultando as ações de meio-campo da equipe regatiana. A estratégia surtia efeito e com transições rápidas algumas chances foram criadas.
Já o CRB, era um time lento. Tentava, na saída de bola, sair com três jogadores para ter amplitude e profundidade. No entanto, a pouca efetividade dos seus meio-campistas, junto da pouca mobilidade, faziam com que o time ficasse encaixotado na boa marcação e organização tática do adversário.
Foi aí, que veio a polêmica. Aos 45 minutos um pênalti, no mínimo duvidoso - mínimo mesmo - a favor do time da capital. Lucão bateu e converteu.
A segunda etapa começou de forma semelhante da primeira. O Aliança com mais intensidade, linhas altas, criando chances e sólido taticamente. Por outro lado, o CRB continuava com um nível baixo de atuação. Com os mesmos problemas do primeiro tempo - muito pela postura do Aliança.
O time regatiano conseguiu uma melhora após algumas mudanças - já que atuava com um time alternativo. Baixou suas linhas e montou uma estratégia para atrair o adversário, que precisava se jogar ao ataque. Foi aí que o time conseguiu o controle da partida e em um ataque onde a parte de criação, enfim, funcionou, veio o gol que mataria o jogo.
Vitória e classificação asseguradas. No entanto, uma atuação nem um pouco convincente e consistente. Repito: muito pelo que o adversário propôs e impôs.
O pênalti:
Agora vamos à polêmica ou coincidência - entendam como quiser. Ou chamem do quiser.
Um pênalti marcado pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o "Chicão", foi no mínimo duvidoso - em meu ver, inexistente. Para quem assistiu a partida, viu um lance habitual de disputa de bola. Por exemplo: a todo momento zagueiros fazem movimentos idênticos contra atacantes fora da área; e nada é marcado.
A decisão da arbitragem mudou todo o contexto do jogo. Já que o Desportivo Aliança voltaria para o segundo tempo em vantagem, necessitando de apenas mais um gol. Com isso, a estratégia e postura tiveram que sofrer alterações - algo complicado para quem enfrenta uma equipe forte.
Mais uma das coincidências corriqueiras que acontecem por aqui. Infelizmente. No mais, podemos e devemos exaltar o jogo feito pelo tricolor. Embora, não tenha tido efetividade para matar o jogo, conseguiu jogar de igual para igual com um dos favoritos ao título. Foi um time compacto, competitivo e lúcido em seu modelo de jogo.
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