Bizarro. Surreal. Paradoxal. Quaisquer sinônimos como estes podem descrever o que aconteceu nesta quinta-feira (13), em Barranquilla, na Colômbia.
O país vive uma situação caótica. Vários protestos vêm tomando às ruas da Colômbia desde que o governo anunciou uma reforma tributária que aumentaria os impostos pagos pela população em plena pandemia de Covid-19.
Além disso, a "batalha campal" entre polícia e manifestantes vem deixando centenas de feridos e mortos.
Um dia antes do jogo entre América de Cali e Atlético-MG, Junior Barranquilla e River Plate se enfrentaram no mesmo estádio. O cenário, atmosfera e contexto foram os mesmos - o jogo também ocorreu até seu fim natural.
Jogadores relataram que era plenamente audível os barulhos de bombas. Além das sensações e efeitos que o gás lacrimogênio causavam - entre ardência nos olhos e dificuldade para respirar. Ou seja, situações totalmente desfavoráveis para a prática de qualquer que seja a modalidade esportiva.
Foto: Hulk sofre com gás lacrimogêneo durante a partida.
Poderíamos estar falando aqui da grande vitória por 3 a 1 e classificação antecipada do Atlético-MG. Mas infelizmente o jogo perdeu seu protagonismo.
O futebol é sinônimo de festa, alegria, paixão, amor, benevolência. Uma mistura de sensações que não é compatível com as circunstâncias que a CONMEBOL impôs ao ser conivente e amplamente culpada por todo esse absurdo. Outra ação ridícula, irracional e ilógica de quem deveria cuidar do futebol sul-americano.
Mais uma atitude irresponsável de quem demonstra e transparece não estar nem aí para a integridade, segurança e saúde dos afetados. A pequenez, mais uma vez, de quem trata com leviandade algo tão importante. Levando em consideração sempre o lucro e nada mais. Sempre as cifras e nada menos.
Outro episódio vergonhoso e triste. E mais triste ainda é saber que certamente não foi o último - infelizmente. Porque infelizmente temos como "organização" a CONMEBOL.
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