Enfim chegou o último jogo da competição que dará um calendário nacional em 2021 - tolos os que desdenham dela.
Sem nenhuma soberania no decorrer do torneio, ASA e CEO chegaram até a final. No histórico do confronto o time arapiraquense tem ampla vantagem. Foram 16 jogos, com 9 vitórias (7 delas jogando no Municipal) Alvinegras, 2 Tricolores e 5 empates (3 deles em Arapiraca).
Se fosse para denominar e "sinonimear" o confronto, a palavra seria: equilíbrio.
Nenhum time dentro do campeonato tem disparidade de nível técnico. A diferença não aconteceu - algo que já era esperado. O que de fato aconteceu, foram as evoluções que cada time teve. Fator que foi adquirido com a sequência de jogos, como acontece normalmente.
Se fossemos falar de favoritismo implicado no jogo em si ou em sua atmosfera, seria essa última um aspecto favorável. Para quem joga em casa, no caso, o ASA. Pelo simples fato de jogar em seu campo e ao lado de sua torcida. Nada mais que isso. É um total, leve favoritismo. Por fatores que são das características do próprio futebol. Porém, nada que garanta um triunfo.
Em análise, temos o dono da casa em total evolução. O ASA vem ganhando forma e padrão. Os jogadores assimilaram o que seu comandante tem como ideia de jogo e conseguiram implantar esse jeito - principalmente na parte tática. Na técnica, como de costume, a melhora vem acontecendo gradativamente com o ganho de ritmo e o passar dos jogos.
Já o visitante, indigesto, é um time cirúrgico e organizado. Em seu plano de jogo, o CEO preza muito por essa organização de seu sistema, principalmente defensivo. É um time que dificilmente foge de suas características e consequentemente do seu jeito de atuar. Tendo como arma, inclusive, o contra-ataque. É o famoso "saber sofrer" com inteligência.
No entanto, uma parada pode fazer o jogo ficar mais interessante (ou não): o fator jogo único.
Em jogos como esse, as estratégias mudam. O que não pode mudar são as características. Vira um verdadeiro jogo de xadrez, onde um erro pode jogar tudo por água abaixo. Por isso, a imposição, personalidade e coragem para jogar, terão que aparecer. Pois o medo e o receio não andam juntos em jogos decisivos.
Portanto, um franco favorito não tem, em meu ver. Alguns fatores e "mínimos" podem pender para um lado. Apenas. Como no início do campeonato, está tudo em aberto, nada de hegemonia. Desse modo, o desfecho dessa história já tem dia, local e hora marcada. É só esperar.
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