
Eficácia e competência.
O Corinthians venceu o Vasco nesse domingo (21), no Maracanã, pelo placar de 2 a 1 e conquistou seu quarto título da Copa do Brasil. A equipe paulista venceu todos os jogos que disputou fora de casa na competição.
Se no Brasileirão o time do Parque São Jorge foi uma equipe incostante, na Copa mostrou sua versão eficiente e letal.
Existe, mesmo com o título, um debate sobre jogar bem ou não. Dominar o adversário ou ser coadjuvante nas ações do jogo. No entanto, é preciso compreender que dentro do futebol, existem vários elementos para percorrer até o produto final.
O jogo de futebol é dividido em dois momentos: com a bola e sem a bola. Se o Corinthians tinha alguma dificuldade para iniciar, progredir e definir suas jogadas, sem a bola, em toda a competição, foi um time sólido, consistente. Montado dentro de um plano de jogo reativo para aproveitar suas transições ofensivas.
No jogo de volta da grande final, o time de Dorival Júnior colocou esta estratégia em prática.
O treinador montou seu time no 4-3-1-2. Uma trinca de volantes e um meia mais avançado para ter a liberdade de flutuar, participando do jogo em transição. Na fase ofensiva, Maycon tinha a possibilidade de adiantar seu posicionamento e Martínez fazia o jogo de dentro para fora em um dos corredores laterais.
Sem a bola, o Timão alternava entre o 4-4-2 e o 5-4-1 a depender a zona de campo que o Vasco tinha a posse. A ideia era, sobretudo, encaixotar o jogo por dentro e tirar a linha de passe para o atacante Rayan. Por ese motivo, o time carioca teve dificuldades para acionar suas infiltrações e jogou muito pelas extremidades.
O plano era: defender de forma compacta e sair em velocidade atacando os espaços oferecidos pelo adversário. Seja com conexões através da bola longa (como aconteceu no primeiro gol) ou progredindo de forma rápida com mais aproximação (como aconteceu no segundo gol).
Então, entendamos: existem várias formas de jogar e não existe a certa ou errada. Cada equipe tem suas especificidades a partir das suas valências individuais que potencializam o coletivo e os conceitos de seu técnico. E também compreender que é necessário jogar com "as armas que tem". Mas usá-las da forma correta.
O Corinthians foi isso na Copa do Brasil. Um time competitivo, cascudo, frio, eficaz e letal. Todos os fundamentos necessários para jogar uma competição em caráter de mata-mata.
A taça conquistada ficou com quem foi efetivo por meio de sua forma de jogar. Dentro das concepções de seu técnico. Além dos princípios de seus atletas.
Um título merecido.

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