Não! Não é replay. Não é repeteco. É só mais um conto de um time que não consegue mais vencer em casa.
Antes de falar sobre o jogo contra o Paraná, em si. Vou mostrar alguns os números desastrosos do CRB, jogando no Rei Pelé. Peguem caneta, papel e um lenço.
Já estamos na 21ª rodada da Série B. Até aqui o time alagoano jogou 13 vezes no Estádio Rei Pelé. Foram 3 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. São 39 pontos disputados e apenas 13 conquistados. A última vitória foi diante do Criciúma, dia 23 de Julho, um 2 a 0.
Agora vamos ao jogo de ontem.
Contra o Paraná, o pequeno tabu parecia que seria quebrado. Um primeiro tempo intenso, lúcido na parte tática, com posse de bola, variações de jogadas e chances criadas. O Galo conseguiu anular o time paranista e amassou o adversário. O 1 a 0 da primeira etapa saiu barato e a esperança que o placar fosse ampliado ficou para o segundo tempo. Ilusão.
Pobre torcedor regatiano. Viu seu time irreconhecível, previsível e instável no segundo tempo. Um apagão total. As linhas defensivas baixaram, a marcação ficou na intermediária. O time não tinha mais a bola e "ensaiava" contra-ataques bagunçados. Um belo convite ao adversário que precisava atacar. O Paraná, que voltara mais intenso, encontrou um CRB acomodado e desligado. Uma virada merecida para quem teve coragem de jogar futebol. No fim, 2 a 1 no placar para o tricolor e mais uma derrota regatiana em casa.
No Rei Pelé, a campanha é bizarra, vexatória, vergonhosa, pífia. Quaisquer adjetivos e sinônimos como esses definiriam o CRB quando joga em sua casa (que mais parece dos outros). O "em minha casa mando eu" não é aplicado pelo Galo. Logo esse fator, que é primordial para qualquer time que almeje um possível acesso. Assim "explica" a cartilha da Série B: vencer em casa e "roubar" pontos fora.
Um novo conto, com uma velha história. Clichê e repetitiva.
A esperança do torcedor é que isso mude. Que o final desse filme seja feliz. Sem terror ou drama. E para isso só os protagonistas podem mudar esse rumo. Eles que tem o poder de evoluir e regredir, ao mesmo tempo. Precisam agora acabar com tanto "replay".
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