Xô, urucubaca! Xô, zica! Xô, derrota em casa! Assim foi o pensamento do torcedor regatiano após o apito final.
Teve mudança de uniforme; teve sal grosso na escadaria do túnel; teve torcedor com "fantasia" de padre. Teve de tudo no Rei Pelé.
Teve também um time que jogou bem. Seguro, eficiente e inteligente. Um primeiro tempo com intensidade, compactação, competitividade e variações de jogadas. O Galo foi superior o tempo inteiro, anulou o time do Brasil de Pelotas e saiu para o intervalo com o placar favorável de 2 a 0.
A pergunta que ficou na cabeça do torcedor, após o término do primeiro tempo foi: será que isso vai ser mantido ou acontecerá a mesma coisa da última partida?
Desconfiança e cisma no futebol é osso.
O segundo tempo começou e o CRB mudou a postura. O time Xavante de Pelotas voltou melhor que na primeira etapa. Ficou mais com a bola, foi mais agressivo e viu o time alagoano ensaiar um contra-ataque. O tempo passava e o Galo não era o mesmo do primeiro tempo. Pequenos erros aconteciam, afobação para definir as jogadas, até que veio o gol do time gaúcho, em um lance de bola parada.
Lembram da pergunta? Ela virou silêncio e apreensão. Desconfiança. Mas durou pouco. Dois minutos depois veio o terceiro gol e o alívio. Logo depois o time voltou ao "normal". Confiante, seguro e dono da partida.
Foi uma vitória para tirar um peso de um caminhão das costas. Para fazer as pazes com a torcida, retomar a confiança e dá tranquilidade para trabalhar até a próxima partida. Contra o Coritiba, no Couto Pereira.
Portanto, espantada a urucubaca, é hora de se mostrar competitivo jogando em casa. A cartilha da Série B exige isso. O que não pode é oscilar em momentos cruciais, quando o G-4 se aproxima. Assim sendo, o objetivo pode ser alcançado. Basta ter e mudar a atitude.
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