Aquilo que era um sonho, pode se tornar um grande pesadelo.
O Cruzeiro corre o risco de não ter possibilidades de viajar para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior, que terá início no dia 2 de janeiro. A estreia do 'Urso" está marcada para o dia 4 de janeiro, contra o Sport.
Segundo informações, o grande problema seria a suposta negligência a partir da falta de repasse de um dos patrocinadores do clube: a Prefeitura de Arapiraca. O acordo feito entre as duas partes, foi firmado e assinado no início do ano e valeria pela temporada 2023.
Segundo consta no Portal da Transparência do munícipio o recurso do contrato de copatrocínio é de R$ 600.000,00 e o montante repassado até o momento foi de R$ 150.000,00, em três parcelas pagas e efetuadas nos dias 19/06, 28/07 e 10/08. Basicamente 25% do valor firmado.
Em termos comparativos, por ser outra instituição que carrega o nome da cidade, o ASA recebeu R$ 1.000.000,00 equivalentes a processos administrativos, divididos em três parcelas pagas nos dias 29/03, 26/03 e 02/06; já o valor pago pelo contrato de copatrocínio foi de R$ 650.000,01, divididos em quatro parcelas, nos dias 28/07, 03/08, e duas delas no dia 06/09. Quase 80% de todo o valor do convênio.
Todos estes recursos foram aprovados no orçamento do município através da Secretaria Municipal de Educação e Esporte.
Os valores do patrocínio aliados a outro montante servirão para que o Cruzeiro viabilize e organize toda a logística da viagem dos garotos que conseguiram a vaga na Copinha. Caso não aconteça o repasse, o clube arapiraquense corre sérios riscos de não participar da competição. O que seria muito triste.
Em meio a tudo isso, chama atenção - mais uma vez e de forma negativa -, a diferença de tratamento do poder municipal quando se trata dos dois clubes profissionais da cidade. E longe de mim querer comparar as histórias de ASA e Cruzeiro. No entanto, há representatividade de ambas as equipes enquanto carregam o nome de Arapiraca.
Contudo, as manifestações e as atitudes transparecem que existe uma escolha por um lado para torcer, apoiar, respaldar e favorecer. Talvez efeitos causados pelos atores e figuras que compõem cargos paralelos entre clube e poder público onde, mesmo assim, utilizam de um clubismo desmedido, cego e idiota. Uma vez que o princípio da isonomia e a democracia através do esporte são desconsideradas.
Lamentavelmente.
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