Um sonho realizado, porém não finalizado. Falta a cereja do bolo.
Será um post não comemorativo. Mas afirmativo ou celebrativo. Pois é algo nunca visto na maior competição de clubes do mundo: a UEFA Champions League.
Quando falamos, hoje, de Paris Saint-Germain quase que necessariamente remetemos o pensamento em Neymar. Por tudo que envolveu e envolve o brasileiro quando se fala no clube francês. No entanto, o time não se resume ao atacante.
As recentes e frustradas eliminações na competição fez com o que o PSG fosse subestimado por muitos - o time que que tem grana mas não chega. É bem verdade que tais rótulos foram colocados muito pela maneira que o time se comportou nessas desclassificações.
No entanto, como tudo em 2020, a postura até aqui mudou. Em meio a todo o caos que vivemos, os parisienses conseguiram evoluir como time. De forma homogênea.
Antes da parada por conta da pandemia fez uma primeira fase incontestável - 6 jogos; 5 vitórias e um empate. Depois passou pelo Borussia Dortmund nas oitavas, vencendo em Paris; Atalanta nas quartas e agora, o RB Leipzig nas semifinais.
Mas, então, por que não é apenas Neymar?
É lógico que o atacante brasileiro é imprescindível e insubstituível. Ainda mais no atual momento, onde sua forma física é plena e sua concentração está apenas em ajudar seus companheiros e jogar futebol. Quando isso acontece, seu nível é elevado ao máximo - e nós já conhecemos esse máximo. É ápice e mágico.
Contudo, tudo o que envolve o individual foi aliado ao coletivo.
Outro craque tem parcela de "culpa": Kylian Mbappé. Resumindo, em tudo os dois se completam. No improviso, na criação, na responsabilidade e personalidade. Juntos, mesmo que difícil, podem decidir uma partida - como já aconteceu.
Mais aspectos geraram melhoras e melhorias. Ángel Di Maria, o "operário", encaixou e entrou em sintonia - com toda sua vitalidade e qualidade. A parte tática também encaixou. E quando isso acontece a técnica aparece naturalmente.
Além de uma evolução defensiva notória. Principalmente pela linha de zaga com Thiago Silva, Marquinhos e Kimpembe - tendo os brasileiros como pilares. São várias razões para a mudança de postura. Um progresso mútuo de setores. Principalmente e não tão importante no setor de meio - onde era a pedra no sapato do técnico Thomas Tuchel.
Segurança lá atrás, organização no meio e talento/individualidade na frente. Vendo hoje, é outro PSG. São elementos que eleva, principalmente, a confiança. Dando a coragem necessária para por em prática tudo aquilo de melhor que cada um pode dar.
Portanto, Neymar é um fator primordial, sim. Porém, não é o único. A engrenagem trabalha de forma consistente quando todos estão em sintonia - está e é assim o atual PSG. Denominando então, ainda mais, o mérito coletivo. Se será campeão, aí já é outra história.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621