19/08/2020 07:39:55
André Avlis
FUTEBOL EUROPEU: PSG é finalista da Liga dos Campeões não apenas por ter Neymar
Fundado há 50 anos, clube francês chega pela primeira vez em uma final de UEFA Champions League.

  Um sonho realizado, porém não finalizado. Falta a cereja do bolo.

Será um post não comemorativo. Mas afirmativo ou celebrativo. Pois é algo nunca visto na maior competição de clubes do mundo: a UEFA Champions League.

Quando falamos, hoje, de Paris Saint-Germain quase que necessariamente remetemos o pensamento em Neymar. Por tudo que envolveu e envolve o brasileiro quando se fala no clube francês. No entanto, o time não se resume ao atacante.

As recentes e frustradas eliminações na competição fez com o que o PSG fosse subestimado por muitos - o time que que tem grana mas não chega. É bem verdade que tais rótulos foram colocados muito pela maneira que o time se comportou nessas desclassificações.

No entanto, como tudo em 2020, a postura até aqui mudou. Em meio a todo o caos que vivemos, os parisienses conseguiram evoluir como time. De forma homogênea.

Antes da parada por conta da pandemia fez uma primeira fase incontestável - 6 jogos; 5 vitórias e um empate. Depois passou pelo Borussia Dortmund nas oitavas, vencendo em Paris; Atalanta nas quartas e agora, o RB Leipzig nas semifinais.

Mas, então, por que não é apenas Neymar?

É lógico que o atacante brasileiro é imprescindível e insubstituível. Ainda mais no atual momento, onde sua forma física é plena e sua concentração está apenas em ajudar seus companheiros e jogar futebol. Quando isso acontece, seu nível é elevado ao máximo - e nós já conhecemos esse máximo. É ápice e mágico.

Contudo, tudo o que envolve o individual foi aliado ao coletivo.

Outro craque tem parcela de "culpa": Kylian Mbappé. Resumindo, em tudo os dois se completam. No improviso, na criação, na responsabilidade e personalidade. Juntos, mesmo que difícil, podem decidir uma partida - como já aconteceu.

Mais aspectos geraram melhoras e melhorias. Ángel Di Maria, o "operário", encaixou e entrou em sintonia - com toda sua vitalidade e qualidade. A parte tática também encaixou. E quando isso acontece a técnica aparece naturalmente.

Além de uma evolução defensiva notória. Principalmente pela linha de zaga com Thiago Silva, Marquinhos e Kimpembe - tendo os brasileiros como pilares. São várias razões para a mudança de postura. Um progresso mútuo de setores. Principalmente e não tão importante no setor de meio - onde era a pedra no sapato do técnico Thomas Tuchel.

Segurança lá atrás, organização no meio e talento/individualidade na frente. Vendo hoje, é outro PSG. São elementos que eleva, principalmente, a confiança. Dando a coragem necessária para por em prática tudo aquilo de melhor que cada um pode dar.

Portanto, Neymar é um fator primordial, sim. Porém, não é o único. A engrenagem trabalha de forma consistente quando todos estão em sintonia - está e é assim o atual PSG. Denominando então, ainda mais, o mérito coletivo. Se será campeão, aí já é outra história.

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