Comparações. Menosprezo. Idolatria instantânea e afins.
O início avassalador do atacante norueguês, Erling Haaland, de 19 anos, vem chamando a atenção do mundo do futebol. Pelo Borussia, já são 11 gols em 7 jogos no ano de 2020; e na temporada, são 39 gols em 29 partidas (junto das atuações pelo RB Salzburg-AUT). Uma média de 1,3 gol por jogo.
Algo realmente impressionante para tão pouca idade, mas muita qualidade. Suas características, que estão escassas no futebol, devem ser exaltadas. Fazia tempo que não víamos um "camisa 9" com tanta versatilidade e atributos. É hipocrisia brigar com fatos e estatísticas. E é lógico que é notoriamente um potencial futuro.
Contudo, a mania ou costume do "complexo de vira-lata" de alguns brasileiros, como bem disse o Mestre Nelson Rodrigues, novamente vem à tona.
O garoto, ontem, foi comparado a Neymar; foi chamado de "Fenômeno" e ainda mais, o chamaram de craque. Para mim, não é surpresa, mas até deveria.
Mas, calma lá! Primeiro, para chegar no nível do nosso melhor jogador, dos últimos 10 anos, o moleque vai ter que correr e fazer muita, mas muita coisa. Segundo, Fenômeno só tem um e também é brasileiro. E terceiro, estão banalizando a palavra craque no futebol e não é de hoje. Porém, escolhem a quem denominar assim.
Nos últimos anos, percebi um total despeito pelos "nossos". Quando surge um jovem brasileiro, com total qualidade, virtude e capacidade, a opinião junto da atitude mudam. Começam a duvidar de determinadas possibilidades, fazem vista grossa, diminuem, desmerecem, inferiorizam. E o pior, alguns chegam a torcer contra - conduta totalmente pequena e medíocre.
Mas André, é errado admirar, gostar ou torcer para estrangeiros? Não. Lógico que não.
No entanto, para ter tal encanto, não é preciso depreciar ou ofender os "seus". Porém, como é algo cultural e não é de hoje que acontece, o que resta é acompanhar as opiniões cômicas de alguns.
Portanto, essas comparações descabíveis, para mim, continuam sendo fúteis e desnecessárias. Aliadas ao 'complexo de vira-lata', que pelo nome já tem sua definição. Mais do mesmo, no país de alguns "mesmos". Mesmo sendo algo ridículo. Ponto. Fim.
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