09/10/2025 09:42:26
André Avlis
FUTEBOL: Existe uma ilusão em achar que a fama e o glamour é para todos
Segundo pesquisa, 55% dos atletas registrados no Brasil ganham menos de R$ 1.000
ReproduçãoBola de futebol

Uma fantasia que infelizmente torna-se uma máquina de ilusão.

A sociedade brasileira vende o futebol como um sonho. A oportunidade da mudança de cenário individual através da fama e do glamour de ter o privilégio de vencer na vida fazendo o que ama.

Contudo, na prática existem contrastes. A oportunidade de viver da bola com um salário milionário é para pouquíssimos. A "vida real" no mundo da redonda é diferente e sua realidade é muito mais árdua. Totalmente distinta das narrativas e premissas que transformam jogadores em tudo, menos num trabalhador como qualquer outro.

No Brasil, em uma pesquisa realizada em 2016, dos 21.743 atletas registrados, 59% ficaram desempregados ao término dos campeonatos. Centenas ficam sem contrato, sem salário e muitas das vezes sem perspectiva. Esses números certamente aumentaram dos últimos anos até 2026.

Este cenário também atinge comissões técnicas. Na maioria dos casos, estes profissionais (jogadores, técnicos, auxiliares, etc) precisam de um segundo emprego para sobreviver. Muitos deles recorrem, inclusive, à várzea para auxiliar e aumentar suas respectivas rendas.

Tratando-se de salários, segundo dados da Universidade de Futebol com base na CBF, apenas 5% dos jogadores ganham entre R$ 10.001 e R$ 50.000 por mês. Os que ultrapassam R$ 100.000 são pouquissimos: apenas 0,12% dos profissionais.

Em divergência, 55% dos jogadores ganham menos de R$ 1.000, e 33% recebem entre R$ 1.001 e R$ 5.000. A média salarial nacional é de R$ 8.400, puxada para cima por causa dos raros contratos milionários.

Os números trazem um fato: o panorama imaginado por muitos é mera utopia. Contratos com valores exorbitantes se resumem a uma minoria, pois a grande minoria vive uma conjutura totalmente oposta.

A grande maioria das pessoas, é claro, muitas das vezes têm uma concepção diferente por enxergarem apenas a parte do topo da pirâmide. Entretanto, a base da mesma pirâmide vive um num contexto quase que contrário.

Vivem e experimentam muitas experiências; menos a fama e o glamour.

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